Um homem, que não teve a identidade revelada até o momento, foi preso neste domingo (18) em Duque de Caxias (RJ) por estuprar e manter em cárcere privado por dois anos a afilhada de apenas 11 anos.
A denúncia chegou à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher por profissionais do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, que atendeu a garota e seu bebê por complicações pós parto.
Segundo reportagem do jornal O Globo, na última sexta-feira (16), vizinhos estranharam ver a menina, que não era vista havia dois anos, com um bebê recém-nascido no colo e entrando em uma ambulância do SAMU.
Ao dar entrada no hospital, em razão da idade, os profissionais de saúde entraram em contato com a polícia, pois se tratava de um caso de estupro de vulnerável.
Padrasto foi preso preventivamente.
A mãe e o padrasto teriam alegado que a criança deu à luz dentro de casa e que não sabiam até aquele momento que ela estava grávida.
A delegada Fernanda Fernandes estranhou a história contada pelos pais, que disseram que a menina teria sido estuprada há 9 meses por um homem desconhecido armado nas ruas da comunidade.
“Existem casos de gravidez que passam despercebidos, são raros, mas existem. Mas é impossível não perceber quando uma criança chega em casa após ser estuprada na rua.
Não tinha sangue? As roupas não estavam rasgadas? Ela não estava machucada? Não demonstrou alterações de comportamento? Fiz várias perguntas e eles não souberam responder”, disse a delegada, que pediu a prisão temporária do pai, que foi concedia pela Justiça.
No hospital, exames constataram que a menina era vítima de estupros frequentes, o que sinaliza que os abusos ocorriam dentro de casa.
“Ele [padrasto] estava morando com a mãe da vítima há três anos. De início aceitou fazer o exame de DNA para compararmos com o do bebê que nasceu na última sexta-feira. Depois voltou atrás e se recusou. Por todos os indícios pedimos a prisão temporária dele e a Justiça concedeu. Conseguimos cumprir o mandado hoje [domingo] quando ele ia para o hospital visitar a vítima”, disse a delegada.
A mãe, que acompanha a menina no hospital, também está sendo investigada por possível participação nos estupros e deve responder, no mínimo, pelos crimes de abandono intelectual e omissão de notificação.
O hospital informou que a meninda está em bom estado de saúde, lúcida e segue internada. Por não frequentar a escola, a menina não sabe ler, nem escrever.
Fonte Pais e filhos