Menina de12 anos é sequestrada, estuprada e morta, e corpo é encontrado em caixa

Menina de12 anos é sequestrada, estuprada e morta, e corpo é encontrado em caixa

A pequena Lola, de 12 anos, vivia com os pais no 19º Arrondissement de Paris, num edifício de classe média, localizado a poucos metros da Escola Georges Brassens, onde cursava o ensino fundamental. Na sexta-feira (14), a menina foi para aula, mas não retornou. Seus pais denunciaram o desaparecimento à polícia.

Na mesma noite, um homem em situação de rua comunicou a moradores das proximidades e à polícia que o corpo de uma criança estava numa caixa plástica transparente, parcialmente aberta e coberto por entulho, num estacionamento público de uso comum dos residentes daquela localidade. Seus pais chegaram e reconheceram: era Lola.

A menina tinha marcas e lacerações no pescoço e sinais, nos exames preliminares, de asfixia, além de marcas típicas de tortura. Parte de seu corpo estava esmagado. Os testes realizados na sequência pelos peritos forenses mostraram que ela também sofreu violência de natureza sexual.

Nesta segunda (17), a Polícia Nacional e o Ministério Público de Paris anunciaram que uma jovem de 24 anos, que teria graves problemas psiquiátricos, teve sua prisão decretada como principal suspeita de cometer o macabro e hediondo crime. Ela foi flagrada por uma câmera de segurança do edifício onde morava, no mesmo bloco de residências que a menina habitava, entrando com a criança e, depois, saindo com a caixa plástica.

Nas primeiras informações prestadas à polícia, a mulher, identificada como Dahbia B., disse, entre delírios e narrativas desconexas, que precisava de algum dinheiro por conta uma quadrilha de tráfico de órgãos humanos. Os investigadores descartaram a versão absurda e acreditam que a criminosa tem sérios problemas mentais, o que foi corroborado por pessoas que a conhecem.

O caso deixou a França chocada e atônica e os detalhes bizarros da morte violenta causaram perplexidade na população do país europeu, que embora não seja uma nação com níveis de violência tão baixíssimos como alguns de seus vizinhos, mantém bons indicadores de criminalidade e tem reputação de país seguro.

A repercussão foi tão grande que até o ministro da Educação, Pap Ndiaye, foi pessoalmente à escola de Lola, onde as crianças estão apavoradas e apresentando significativas mudanças de comportamento. A prefeita de Paris, Ana Hidalgo, também compareceu ao local para fazer um minuto de silêncio.

A primeira-dama da França, Brigitte Macron, esposa do presidente Emmanuele Macron, se manifestou também nesta tarde e classificou o episódio como uma “tragédia absolutamente abominável e inaceitável”.

Durante as investigações, os policiais também detiveram um homem de 43 anos foi indiciado por ter supostamente auxiliado a acusada de matar a criança na ocultação do cadáver, embora não existam mais detalhes sobre este indivíduo.

(Revista Fórum)

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