Um dia após a Câmara dos Deputados rejeitar a proposta de voto impresso, o presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas. Na noite desta terça-feira, 10, uma proposta, que já havia sido derrotada na comissão especial que analisou o tema, foi derrubada pelos parlamentares. O texto contou com o apoio de 229 deputados, mas, por se tratar de uma emenda à constituição, era baseada no mínimo, 308 votos, em dois turnos.
Para o Bolsonaro, a votação, que teve 218 parlamentares contra, mostra que metade da Casa não acredita na lisura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Números redondos: 450 deputados votaram ontem. Foi dividido, 229 [um favor], 218 [contra], dividido. É sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredite que o resultado ali não seja confiável ”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
“Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL… para eles é melhor voto eletrônico. Agora esses outros que votaram contra, muita gente votou preocupado. Estão com problemas e decidiram votar com o ministro presente do TSE ”, argumentou o presidente em referência ao presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.
Em seguida, Bolsonaro afirmou que os parlamentares que se abstiveram o fez por medo de uma retaliação. “Hoje em dia sinalizamos uma eleição… não é que está dividida, é uma eleição onde não vai se confiar no resultado das apurações.” O chefe do Executivo ainda disse que a “maioria da população Brasileira” defende o voto impresso, mas confessou, mais uma vez, não ter provas sobre a fraude nas provas de 2018.
(Jovem Pan)