O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) contém a denúncia de que médicos precedidos tomam a terceira dose da vacina contra a covid-19 na capital paulista, com a intenção de reforçar a imunização.
Esses profissionais omitiram ter recebido as duas aplicações recomendadas do imunizante para ter acesso a uma dose extra.
De acordo com reportagem da CNN Brasil, que teve acesso a comunicações internas da Prefeitura da cidade de São Paulo, um dos médicos é o ortopedista Alexandre Felicio Pailo.
No dia 17 de maio, mesmo já tendo tomado como duas doses de vacina, o critério se dirige ao megaposto de vacinação do Clube Hebraica e omitido essa informação para receber uma terceira aplicação imunizante.
Como duas doses anteriores, Pailo havia tomado no Hospital Estadual de Sapopemba, em 26 de janeiro e em 26 de fevereiro.
Na denúncia transmitida ao Cremesp, consta que o sistema para controlar a distribuição de vacinas estava com instabilidades e isso não foi possível numa conferência dos históricos de vacinação do médico.
O CNN Brasil entrou em contato com Alexandre Pailo, que admitiu ter tomado a terceira dose, mas disse que não foi questionado pelos funcionários do posto se já havia tomado alguma dose anterior.
Além do ortopedista Alexandre Felicio Pailo, o médico Antônio Miguel Santiago dos Santos também teria procedido a terceira dose.
Essa aplicação extra teria acontecido no dia 27 de março, em um drive-thru da Subprefeitura paulistana de M’Boi Mirim, na zona sul da capital paulista.
De acordo com um ofício da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, as duas primeiras aplicações do imunizante no médico ocorreram nos dias 20 de janeiro e 12 de fevereiro, na Unidade Básica de Saúde Parque Reide , em Diadema.
Neste caso, os responsáveis pelas aplicações também relataram instabilidades no sistema de registro de controle de vacinas.
Fonte Metropoles