Uma jovem de 22 anos ficou traumatizada após passar por constrangimentos e ser assediada dentro de um consultório médico há cerca de três meses, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O ginecologista é o mesmo acusado por outra paciente de tê-la assediado durante uma consulta.
Segundo informações do Midia Max, a estudante havia procurado um médico que aceitasse seu plano de saúde, e encontrou na lista alguém para ajudar com as crises de cólica que vinha sentindo e com o peso extra que havia ganhado em pouco tempo.
Sem examinar a paciente, o médico afirmou que via nela uma pessoa triste por ser gorda, que ninguém iria querer manter relações sexuais com ela por causa da aparência. Ele chegou a falar pra vítima que ela tinha “cara de que gostava de sexo” e questionou se ela usava preservativo, porque ele não gostava de usar camisinha.
“Eu fiquei em choque, eu não sabia o que falar pra ele”, disse. A estudante tentou mudar de assunto e perguntou se ele poderia pedir um ultrassom e alguns exames de rotina e ele argumentou que ela iria gastar dinheiro à toa e disse que o que ela tinha era endometriose. Em seguida, receitou um anticoncepcional.
Antes de a paciente deixar o consultório, o ginecologista beijou sua mão e disse que, quando ela voltasse ao local, que “fechasse a boca” e estivesse 10 kg mais magra. A jovem não registrou denúncia por medo.
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) informou que o médico não tem punições públicas contra ele. No entanto, não é possível dizer se há algum procedimento ou denúncia instaurados formalmente, já que tais processos correm em sigilo.
(Metrópoles)