Os restos mortais do ex-companheiro de Leda, segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), foram encontrados em novembro de 2020 , após denúncia anônima.
Durante este período, a acusada, de 61 anos, alegava que Jonathan havia abandonado o lar e desaparecido.
Conforme o Ministério Público (MP), Leda responde por três crimes: homicídio qualificado por motivo fútil, cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e, também, por crimes conexos ao homicídio, de ocultação de caso e por falsidade ideológica.
Ela permanece presa preventivamente desde 13 de novembro de 2020, no Presídio Estadual Feminino de Torres.
Durante o julgamento, que acontecerá na Comarca de Torres, serão ouvidas cinco testemunhas arroladas pela acusação. Pela defesa, serão ouvidos dois informantes, cinco testemunhas e dois peritos.
Por ausência de ausências suficientes de autoria, a juíza Marilde Angélica Webber Goldschmidt julgou improcedente denúncia contra impronunciou o segundo réu do processo, Antônio Leri da Silva, 47 anos. Atual companheiro de Leda, ele é acusado pelo Ministério Público pelo crime de ocultação de cadáver.
A magistrada, no entanto, acredita que Antônio conheceu Leda após o crime, o que o desvincularia do crime. Ele frisou que não há manifestações suficientes de autoria ou de participação de Antônio no delito.
O crime
No final da tarde de 18 de dezembro de 2016, desconfiada de traições com outras mulheres e não conformada com o fim do relacionamento, Leda Natalino Alves teria matado seu então companheiro Jonathan Martins de Almeida.
O crime foi cometido numa residência na Avenida Medeiros de Quadros, em Arroio do Sal.
Segundo o MP, Leda teria usado uma garrafa de vidro para golpear a cabeça de Jonathan por diversas vezes. Devido às graves lesões, Jonathan não resistiu e faleceu.
Na sequência, a acusada teria separado a cabeça e os membros da vítima do restante do corpo. Com o objetivo de esconder o crime, o cadáver foi entrar no pátio de sua casa. Dias depois do crime, para despistar a ação criminosa, Leda se dirige à Polícia Civil (PC) para registar o desaparecimento do ex-companheiro.
Uma denúncia anônima, no entanto, tornou-se num mandado de busca e apreensão – deferido pelo 1ª Vara Criminal de Torres – que permitiu à polícia, com a ajuda de cães farejadores, localizar o cadáver da vítima. Leda. então, confessou o crime aos presos.
“Do lado da casa foi construído um corredor com um telhado fechado, uma espécie de área de serviço. Essa construção foi feita posteriormente à construção principal. Ela já foi feita para ocultar esse corpo”, contou, à época, o delegado Adriano Koehler Pinto, titular da Delegacia de Polícia de Arroio do Sal.
Fonte Litoral na Rede