Há exatos 3 meses, a gestante chegou no Hospital Dom João Becker, em Gravataí para realizar seu grande sonho, ter em seus braços a sua tão esperada Maria Luíza.
Andresa relata que ao dar entrada as 19h30 do dia 03 de dezembro, foi atendida as 22h30. O primeiro atendimento o médico constatou que a mãe estava de 40 semanas de gestação, apresentando pressão arterial em torno de 14/9.
A paciente baixou as 23h00 e foi medicada em torno das 03h00 da manhã, após realizar exames solicitados pelo médico, foi medicada para dor. Ela relata que o médico anterior já havia orientado que seria um parto de risco, pois a mãe apresentou durante a gestação a pressão arterial em torno de 16/9.
O Dr. Responsável naquele momento, salientou que estava baixando a mãe, pois seus exames estavam alterados. As 3h00 da manhã foi o último atendimento da gestante, quando trocou o plantão as 7h00, o plantonista verificou que naquele momento Andresa estava sem dilatação, já era 8h00 e a mãe naquele momento não sentia dor e teve sangramento perto das 9h.
Relata que levaram café para ela, mas uma enfermeira ressaltou que ela não poderia ingerir nada, pois em virtude de o parto vir a ser cesariana, o que chamou a atenção do casal e da própria profissional. Foi então que, perceberam que a bebê não se movimentava, o médico foi chamado e não conseguiu escutar os batimentos cardíacos. Ao fazer o exame de toque a equipe às pressas resolveu realizar a cesariana de emergência, isso já era 10h da manhã do dia 04 de dezembro. Infelizmente, Maria Luíza veio ao mundo sem vida.
Andresa relatou que a própria equipe só dizia que era inacreditável, pois nem eles sabiam o porquê de a bebê nascer morta, pois foi uma gestação tranquila. Após toda essa situação onde a mãe estava muito fragilizada, por não poder ter tido sua filhinha em seus braços, ela conta que colocaram em um QUARTO PARTICULAR, sendo que todo atendimento foi feito pelo SUS.
Ela contou que foi encaminhada a uma CLÍNICA PARTICULAR para remoção dos pontos, e que até hoje ainda tem um ponto que ficou abaixo da cicatriz da cesariana.
Andresa e seu esposo Filipe, pediram o prontuário e, a resposta que tiveram foi que ELES NÃO TINHAM DIREITO de pegar os documentos.
Três meses fez ontem que essa família perdeu sua tão esperada Maria Luíza, e estão sem respostas, pois em momento algum o Comitê de Redução de Mortalidade Materno Infantil e Fetal, que o município “alega” saber sobre os casos, se quer procurou Andresa e seu esposo Filipe, bem como nenhum representante tanto da secretaria de saúde, ou do hospital.
Coincidência ou não, nem a família da Maria Luíza e nem a família do Théo foram procuradas se quer por um representante da Administração do hospital João Beker, como foi anunciado nos meios de comunicação de que estariam dando toda assistência necessária.
Fonte: Gysa Santana
Com informações Bombeiro Batista
📷: Reprodução/Arquivo Pessoal