Mais um médico é acusado de estuprar pacientes

Mais um médico é acusado de estuprar pacientes

A Polícia Civil investiga um médico de Cruz Alta por violação sexual durante consultas com pacientes. O nome dele não foi revelado para não comprometer as investigações, mas ao menos dez mulheres já foram ouvidas desde julho. O que chama a atenção da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), é que todas contaram à polícia versões muito parecidas.

As agressões supostamente ocorriam em consultas relacionadas a medicina do trabalho. O homem tocava em partes íntimas das vítimas, sem que houvesse necessidade. Computadores e celulares dele foram apreendidos para perícia.

Oito das dez denunciantes não tiveram coragem de denunciar e só foram descobertas após o primeiro caso. A expectativa da Deam é de que mais vítimas apareçam com após a divulgação na imprensa.

Quem tiver mais informações pode entrar em contato com a Deam de Cruz Alta pelo telefone (55) 3322-6160. Também é possível denunciar através do WhatsApp da Polícia Civil, no telefone (51) 98444-0606.

Outro caso

Um mês atrás, a Polícia Civil cumpriu no dia 16 de julho o mandado de prisão preventiva contra o cirurgião plástico Klaus Wietzke Brodeck. O médico, que foi pego em Gramado, é acusado de estuprar pacientes.

De acordo com a investigação, 95 mulheres procuraram a Polícia Civil para relatar os abusos. Destas, 12 são denúncias que culminaram na prisão e 83 relatos que estão sendo investigados.

O médico prestou depoimento por cerca de seis horas. Ele negou que tenha cometido os crimes contra as pacientes.

Leia aqui a reportagem completa.

A Polícia Civil cumpriu na última sexta-feira (16) o mandado de prisão preventiva contra o cirurgião plástico Klaus Wietzke Brodeck. O médico, que foi pego em Gramado, é acusado de estuprar pacientes.

De acordo com a investigação, 95 mulheres procuraram a Polícia Civil para relatar os abusos. Destas, 12 são denúncias que culminaram na prisão e 83 relatos que estão sendo investigados.

Na tarde de quinta-feira, o médico prestou depoimento por cerca de seis horas. Ele negou que tenha cometido os crimes contra as pacientes.

O que diz a defesa

O advogado Gustavo Nagelstein divulgou carta aberta na tarde desta sexta-feira, antes da prisão do médico, em que afirma que “Dr. Klaus Brodbeck vem se apresentando em tempo, contribuindo com todos os atos possíveis de modo a facilitar o esclarecimento das investigações em andamento”.

A nota diz ainda que “Dr. Klaus Brodbeck, se declara inocente de todas as acusações. E vem de todas as formas contribuindo incansavelmente com toda a investigação para, por fim reerguer a sua integridade profissional”.

CARTA ABERTA

Dr. Klaus Brodbeck

De modo a atender a todos os meios de comunicação, sem privilégios, a defesa, em nome do Dr. Klaus Brodbeck, se manifesta por esta carta aberta narrando os fatos: Dr. Klaus Brodbeck vem se apresentando em tempo, contribuindo com todos os atos possíveis de modo a facilitar o esclarecimento das investigações em andamento.

Quando da oitiva do Dr. Klaus na Delegacia de Polícia, no dia 15 de julho de 2021, tomamos conhecimento de número muito inferior de acusações do que circulam nos jornais e meios de comunicação e a presente manifestação diz respeito aos fatos que a defesa e o investigado têm conhecimento.

As incoerências das denúncias chamam a atenção: o primeiro fato diz respeito a uma acusação de 2016, ocorrida dentro do bloco cirúrgico do Hospital Moinhos de Vento, onde somente agora em 2021 tornou-se público e veio ao conhecimento do médico. Infelizmente, em virtude do tempo, o Hospital não terá as imagens do bloco cirúrgico onde foi realizada a cirurgia, o que deveria ter sido investigado em período contemporâneo aos fatos.

No bloco cirúrgico de referido hospital, circulam diversos profissionais, certamente mais de 15 durante o período da cirurgia, eis que diversos outros procedimentos são realizados por outras equipes no mesmo local. Portanto, é impossível que um médico permaneça sozinho com uma paciente no bloco cirúrgico, não havendo a menor possibilidade deste fato ocorrer dentro do bloco do hospital.

Na oportunidade que a sedizente vítima foi a Delegacia de Polícia fazer a ocorrência, lá em 2016, ouvida por duas oportunidades, chamou a atenção do Delegado de Polícia a divergência entre os dois depoimentos por ela prestado, ao ponto de referido inquérito ter sido esquecido dentro da Delegacia de Polícia, vindo a tona somente agora, novamente. Vale ressaltar que, caso a investigação tivesse ocorrido na época, haveria a possibilidade de se solicitar as imagens das câmeras de segurança do bloco, juntamente com a oitiva dos funcionários presentes.

Dessa forma, facilmente seriam esclarecidos os fatos. Outra denúncia do processo diz respeito a uma ex-funcionária do Dr. Klaus que na época em que trabalhava em seu consultório, gravou, sem o seu consentimento, a intimidade do médico, repassando os vídeos para uma quadrilha que tentou extorquir o médico.

Na época, o investigado foi até uma Delegacia de Polícia efetuar a denúncia de extorsão, quando a autoridade policial o ajudou a realizar o flagrante de tal situação, com a prisão de uma pessoa que informou que havia obtido tais imagens a partir de referida ex-secretária e que, juntamente com um grupo de presidiários, orquestraram a tentativa de extorsão.

Todos os documentos que comprovam este fato estão dentro do inquérito. Uma terceira denúncia é oriunda de uma paciente que faz um acordo na esfera cível, decorrente de ação de danos morais e, em referido acordo, recebe valores para fazer constar no documento que os fatos não existiram e que não passaram de um desentendimento entre as partes e, após receber os valores, vai até a Delegacia de Polícia para fazer denúncia, como se tivesse sido obrigada a aceitar o acordo.

Importante ressaltar que tais valores foram negociados entre advogados, havendo inclusive a proposta que partiu da advogada da sedizente vítima de recebimento de valores a maior do que o estipulado na sentença judicial. Uma quarta denúncia diz respeito a uma menina que se apresenta para fazer uma parceria com o Dr. Klaus, dizendo-se “modelo e digital influencer”, fazendo exposição de seu trabalho no sítio eletrônico patreon.com, alegando que o investigado fez um procedimento que não seria padrão de um atendimento médico, introduzindo os dedos em sua boca quando da consulta na qual se tratava de aplicação de aumento de lábios.

A parceria foi negada, eis que a empresa que faz a análise das parcerias e fornece o material para o procedimento entendeu que o perfil da pessoa não era satisfatório. Descontente com a negativa, a sedizente vítima faz a denúncia na Delegacia de Polícia. O médico rechaça qualquer alegação de abuso na paciente, salientando que todas as portas do consultório não possuem fechadura ou trancas, bem como sempre suas assistentes, duas mulheres, circulam pelos corredores do consultório que possuem portas de vidro.

Infelizmente, apenas um lado da história tornou se público, ferindo a dignidade pessoal e prejudicando a imagem profissional do Dr. Klaus Brodbeck, um dos maiores especialistas em procedimentos estéticos do País, com mais de 30 anos de trabalho honesto.

Importante mencionar e agradecer os diversos pacientes que têm se manifestado em redes sociais e se colocado à disposição do médico que, certamente trará a verdade e voltará sua vida normal. Por fim e não menos importante é o fato de que todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.

Infelizmente, vivemos tempos de julgamentos sumários de redes sociais, mas o julgamento da justiça trará de volta a dignidade do homem vultoso. Dr. Klaus Brodbeck, se declara inocente de todas as acusações. E vem de todas as formas contribuindo incansavelmente com toda a investigação para, por fim reerguer a sua integridade profissional.

Dr. Gustavo Nagelstein advogado, para Dr. Klaus Brodbeck.

Coação

Segundo a polícia, diversas vítimas se sentiram coagidas por ameaças que teriam sido feitas em vídeo publicado nas redes sociais pela namorada do investigado. Foram registradas ocorrências policiais e instaurado inquérito. Ela foi interrogada na tarde de quinta (15).

Temos conhecimento de que houve uma publicação da namorada do médico, nas redes sociais, intimidando as vítimas, coagindo e dizendo que ela iria procurar e se vingar das mulheres que estão denunciando.

Isso é um crime, é coação do curso do processo”,— afirmou a delegada, titular da 1ª Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre, Jeiselaure Rocha de Souza.

Fonte GBC

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