Mais três mulheres procuraram a Polícia Civil (PC-RS) para relatar supostos abusos do cirurgião plástico em Porto Alegre. Estevão José Rodrigues, de 68 anos, foi preso de forma preventiva por suspeita de cometer importunação sexual contra pacientes. Até a prisão, já recebido sido comunicados nove casos à polícia civil da Capital.
De acordo com a delegada Jeiselaure de Souza, após a divulgação da prisão do cirurgião, mais três mulheres procuraram a polícia, sendo que uma delas já foi ouvida pelos policiais e as outras duas agendaram os depoimentos.
As mulheres afirmam terem sido tocadas nas partes íntimas pelo cirurgião durante os atendimentos. “Elas iam para as consultas, e ele começava com aquele toque que ultrapassa a boa relação que se espera entre um médico e um paciente. Há casos em que um paciente retornou após procedimento, para retirar os pontos, e ele pediu para que ela tirasse toda a roupa e palpou como partes íntimas das matadas. Condutas muito fora do contexto que se espera no procedimento de um cirurgião. ” – explica uma delegada.
Os casos tornados a ser investigados ainda na metade deste ano. Parte dos inquéritos já foram remetidos ao poder Judiciário. A polícia decidiu pedir a prisão do médico porque o cirurgião teria coagido e ameaçado algumas testemunhas durante o curso das investigações. A delegada acredita que mais mulheres foram eliminadas, embora ainda não tenham procurado ajuda. O médico atua há cerca de 30 anos na área.
Além do mandado de prisão contra o médico, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nos bairros Três Figueiras e Chácara das Pedras, na zona norte de Porto Alegre. Após as buscas, o cirurgião acabou autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Durante a ação, foram apreendidos equipamentos eletrônicos, documentos, medicamentos, lubrificantes íntimos, preservativos e outros itens que acontecem durante a investigação.
Onde pedir ajuda:
Os casos devem ser comunicados à Delegacia da Mulher de Porto Alegre (Rua Professor Freitas e Castro, junto ao Palácio da Polícia), bairro Azenha. O telefone é (51) 3288-2173 ou 3288-2327 ou 3288-2172. Caso tenha sido vítima de outro tipo de violência contra uma mulher, o indicado é procurar qualquer Delegacia de Polícia próxima. Para casos de emergências, deve-se buscar atendimento da Brigada Militar, pelo 190. (GZH)
