A Polícia Civil acredita ter evitado mais um desfecho trágico contra uma criança ao deflagrar na manhã desta quarta-feira a operação Poena em Canoas. Junto com o namorado, uma mãe é suspeita de torturar de modo reiterado o filho de seis anos de idade. A investigação está com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Canoas (DPCA), sob comando do delegado Pablo Rocha.
A mulher, de 28 anos, foi presa em Canoas. Já o namorado dela, de 24 anos, foi detido em Campo Bom. Houve o cumprimento de mandados judiciais de prisão preventiva e de busca e apreensão durante a ação.
Nas investigações, os agentes da DPCA obtiveram provas do crime, como fotografias da criança presa à cama por longas horas, depoimento da própria vítima em que revela ter tido as mãos queimadas no fogão e também que sequer podia ir ao banheiro.
Objetos relacionados ao crime foram apreendidos no período investigativo e também nesta quarta-feira. As roupas da vítima, tecidos que amarravam o menino à cama e remédios usados para dopar a criança foram recolhidos como elementos de prova no inquérito.
O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mário Souza, observou que o casal apresentou versões opostas para os fatos e serão novamente inquiridos para o esclarecimento dos fatos. “O Conselho Tutelar de Canoas teve rápida atuação, recebeu a denúncia e encaminhou a Polícia Civil”, destacou.
“Foi evitada uma possível tragédia, pois a criança corria risco de morte. As pessoas devem denunciar para que outras crianças sejam retiradas de situações terríveis como essa”, enfatizou o delegado Mário Souza, citando que o casal fazia planos até de abandonar o menino. Ele não descartou inclusive que a vítima poderia morta nas próximas semanas.
“As investigações continuam e foi uma situação de graves agressões contra a criança”, assegurou por sua vez o delegado Pablo Rocha. O menino, resgatado na semana passada ao ser encontrado imobilizado na cama, já foi colocado em segurança.
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Fonte Correio do Povo