De janeiro a julho deste ano, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) já resgatou 136 cavalos abandonados nas ruas de Porto Alegre. Somente no último mês, foram recolhidos 29 animais, quase o dobro de junho, que registrou 16 ocorrências, com risco de envolvimento em acidentes ou vítimas de maus tratos.

O agente de Fiscalização Gilberto Machado Fonseca explica que é comum o abandono dos equinos nesta época do ano. “O recolhimento de cavalos é mais recorrente no inverno, e com a pandemia, a situação ainda é agravada. Por conta da falta de pastagem, a alimentação fica mais cara, e algumas pessoas acabam por abandoná-los nas ruas. Por isso o trabalho dos agentes é fundamental, já que esses cavalos soltos nas vias oferecem risco de acidentes.”

Os atendimentos ocorrem a partir de denúncias recebidas pelas centrais de atendimento ao cidadão do Sistema 156 POA, ou número 118.

Abrigo – O serviço da EPTC de remoção e guarda de animais conta com caminhão equipado com guincho munck, capacidade para recolhimento de cinco cavalos, 12 baias em alvenaria para equinos debilitados, serviço veterinário e funcionários para tratamento, limpeza, manutenção do campo e atendimento ao público. No abrigo, atualmente com 58 animais, localizado na Estrada Chapéu do Sol, nº 2.400, há uma área de pastagem de 20 hectares, além de cocho de alimentação e bebedouro para os equinos. No entanto, por conta das medidas de restrição da pandemia do novo coronavírus, as adoções estão suspensas para evitar aglomerações e possível contágio pelo vírus por parte dos funcionários e visitantes.

Adoção – Os cavalos recolhidos, após apresentarem recuperação, ficam soltos no campo, interagindo com os outros animais para resgatar o contato com a natureza. Se não forem procurados pelos seus donos em até 15 dias, entram no programa de adoção. Informações sobre Adoção de Equinos através da Carta de Serviços ou do e-mail [email protected].

Fonte/Foto: EPTC