Incêndio atinge mansão que foi interditada durante operação em Taquara

Incêndio atinge mansão que foi interditada durante operação em Taquara

Alvo da operação Faraó da Polícia Civil em junho deste ano, a mansão avaliada em cerca de R$ 3 milhões, existente em um sítio na localidade de Tucanos, na zona rural de Taquara, amanheceu em chamas na manhã desta segunda-feira. A propriedade, que já havia sido de alvo de saque, encontra-se interditada e fechada por ordem judicial no âmbito da investigação do titular da DP de Três Coroas, delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari, que apurou esquema de pirâmide financeira que deixou mais de 100 vítimas com mais de R$ 25 milhões de prejuízos, sobretudo na região do Vale do Paranhana.

Para combater as chamas na mansão foi mobilizado o efetivo do 2º Batalhão de Bombeiros Militar (2º BBM), que teve dificuldade inicial ao interior da propriedade devido aos portões fechado e à presença de cães no local. Em entrevista à reportagem do Correio do Povo, a titular da DP de Taquara, Rosane de Oliveira, não descartava na manhã desta segunda-feira nenhuma hipótese sobre as causas do incêndio, inclusive a possibilidade de que tenha sido criminoso. Uma investigação já foi aberta para apurar o sinistro. O Instituto-Geral de Perícias foi acionado para tentar esclarecer a origem do fogo na moradia.

As investigações da operação Faraó identificaram um patrimônio dos envolvidos superior a R$ 10 milhões, incluindo 30 veículos e 36 imóveis que estão judicialmente indisponíveis. Houve o indiciamento de 14 envolvidos no crime. O inquérito já foi encaminhado à Justiça, com 2.470 páginas. O sítio, avaliado como na totalidade em mais de R$ 6 milhões, havia sido adquirido pela organização criminosa.

Na deflagração da operação Faraó foram cumpridas 17 ordens judiciais, sendo 12 mandados de busca e apreensão e outros dois mandados de prisão preventiva em Taquara, Rolante, Igrejinha, Santo Antônio da Patrulha e Porto Alegre. Na época, o delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari explicou que a investigação apontou que a organização criminosa montou um esquema envolvendo a compra de imóveis com valores em dinheiro alcançados pelas vítimas com a promessa de repasse de lucro decorrentes de negociação futura. Essas quantias, após um determinado período, não eram mais devolvidas, pois a compra e venda dos imóveis nunca existiu.

Os golpistas alegavam possuir estreita relação com uma grande empresa gaúcha de consórcios e chegaram a pagar “atores” para se fazerem passar por funcionários das mesmas visando ludibriar os investidores, sempre atraídos com promessa de lucro elevado que seria dividido em um segundo momento. Em alguns casos, as vítimas recebiam nas duas ou três primeiras transações valores decorrentes das negociações alegadas, mas após depositarem confiança nos fraudadores, acabavam reinvestindo o lucro anterior e mais dinheiro nas operações seguintes, quando então não mais recebiam de volta seus investimentos. Dois indivíduos foram presos, sendo que um deles eram o líder do esquema e o outro era o principal captador de vítimas.

Fonte Acontece no RS

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