Um triste episódio em uma clínica geriátrica em Porto Alegre levantou suspeitas de maus-tratos após a morte de Luiz Carlos Vargas, um idoso de 71 anos, que estava em estado precário de higiene e com sarna disseminada, segundo seu prontuário médico. O falecimento ocorreu em setembro e, lamentavelmente, Luiz Carlos foi enterrado como indigente.
A proprietária da clínica, Liziane Luz Machado, negou veementemente as acusações de maus-tratos em entrevista à RBS TV. Ela defendeu sua posição, mencionando um incidente isolado em que um idoso se queimou ao tomar café, alegando que tais eventos são mal interpretados como maus-tratos. Quanto ao caso de Luiz Carlos, afirmou que ele não mantinha contato com seus familiares, uma versão contestada pela família do falecido.
A filha de Luiz Carlos, Debora Bernardes de Vargas, expressou sua indignação com a forma como seu pai foi sepultado, como indigente, sem que a extensa família fosse informada ou pudesse comparecer ao funeral. A situação se agrava com a informação de que o Ministério Público (MP) solicitou a interdição do Lar Evangélico Vovó Luiza, aguardando análise judicial. A Delegacia do Idoso está conduzindo 12 inquéritos relacionados às péssimas condições do local.
Em outubro, Liziane foi detida sob acusações de maus-tratos, apropriação indébita e administração de medicamentos vencidos aos idosos. Após uma audiência de custódia, a Justiça decidiu por sua libertação. A situação levanta sérias preocupações sobre o tratamento inadequado em instituições de cuidados para idosos e destaca a importância de medidas urgentes para garantir o bem-estar dessas pessoas vulneráveis.
Com informações de: G1