O motociclista morto ao cair do viaduto José Eduardo Utzig, na zona norte de Porto Alegre, nesta terça-feira (12), havia comprado a casa própria há um ano e seria pai daqui a alguns meses. Guilherme Benites da Silva, 30 anos, deixou a esposa grávida de dois meses e meio, além do pai, da mãe e de cinco irmãs.
— Era meu único filho homem, meu orgulho desde sempre, e vai seguir sendo. Comprou casa no bairro Hípica há um ano. Estava superfeliz — conta o pai, Marco Antônio da Silva, 64 anos de idade completados na semana passada.
O pai conta que não gostava da ideia de o filho ter moto. O veículo com o qual ele se acidentou era o segundo que havia possuído. A irmã, Daniela, disse que ele planejava vender e comprar um carro, pois a esposa espera o bebê.
Comprou apartamento, tinha um bom emprego, onde se dava com todo mundo. Pessoa maravilhosa e querida por todo mundo — lamenta Daniela.
O cordão vermelho do crachá que Guilherme usava no momento do acidente dizia “Brigada de Emergência”. O capacete que utilizava era preto com detalhes vermelhos. Ele vestia uma camisa bordô com as mangas dobradas e abotoadas acima do punho. Óculos e calças pretas, e sapatos da mesma cor, combinando com a moto.
Silva trabalhava como supervisor de gestão de cargas em uma empresa de logística próxima ao local do acidente. Ele havia encerrado o turno de trabalho às 6h, após cumprir um turno de 24 horas. Dois colegas de trabalho dele deixavam a empresa momentos após o acidente e passaram pelo local da queda. Emocionados, foram amparados por uma psicóloga da companhia. esteve na empresa, onde o clima era de tristeza e consternação.
O acidente, com óbito imediato por traumatismo craniano, ocorreu por volta de 12h30min. Durante a tarde, a família aguardava a liberação do corpo na sede do Instituto-Geral de Perícias (IGP). A esposa gestante precisou ser retirada do local por sentir dores. A Polícia Civil e o IGP investigam as circunstâncias do fato.
Fonte Agora RS