Hospital de Gravataí leva 27 horas para fazer um parto e criança morre no útero da mãe

Hospital de Gravataí leva 27 horas para fazer um parto e criança morre no útero da mãe

Foram 9 meses planejando a vinda do pequeno Théo. Após completar 41 semanas, foram ao hospital Conceição, o mesmo se negou a recebê-la, por ser de Gravataí, informaram-na que ela deveria ter o parto no Hospital Dom João Becker. No mesmo dia, aproximadamente há 1h de quarta-feira deu entrada no hospital.

Durante o atendimento deram-na uma medicação, após duas horas sem se levantar, trocou o plantão e novamente a deram mais um comprimido.

“Eu já não estava mais aguentando, mas eles estavam sempre observando o Théo. Novamente troca o plantão, mais outro comprimido, quando achei que iriam colocar o soro, trocou o plantão de novo e veio um (…) e me deu outro comprimido sem necessidade nenhuma, pois a médica havia informado que não precisava mais, já que seria colocada as 20h de quinta-feira no soro.” Relata Jeniffer.

Até esse momento ela estava exausta, sua mãe implorou que fizessem cesária pelo particular.

“Meu bebê já estava entrando em sofrimento, passei tão mal, cheguei a vomitar. Depois de ter apertado umas vinte vezes a campainha, veio alguém limpar o quarto. Eu não conseguia ficar mais deitada, para passar a dor ficava de baixo do chuveiro pra aliviar as contração.” Diz Jeniffer.

A dor já não era mais normal, às 3h de sexta compareceu ao quarto uma funcionária para ver os sinais e escutar os batimentos do bebê. De acordo com a gestante, o batimento estava em 110 e o ritmo dele era 160, 170.

“Quando viram que era quase impossível ouvir os batimentos, romperam minha bolsa. Não havia mais líquido interno e saiu um pouco de líquido preto, mas aí já era tarde.” desabafa.

A levaram correndo para mesa de cirurgia para fazer cesárea. Infelizmente já era tarde, a criança já estava morta no útero da mãe.

“A causa da morte, do sofrimento do meu bebê foi por causa de um médico, que quatro horas antes do Théo morrer não quis fazer uma cesárea, fez só na hora que já era tarde de mais, às 3h30min da manhã. Arracaram meu coração, 27 horas em trabalho de parto, sofrendo para eles me darem meu filho morto. Nem no enterro eu pude ir. Só quem realmente me conhece sabe que isso tá acabando comigo, tento ser forte mas não dá! Estou desabando aos poucos.” Jeniffer.

Lamentável essa situação.

Depoimento e imagem da mãe Jeni Jeniffer
Fonte: Acorda Gravataí

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