A morte de um homem em Porto Alegre desencadeou uma operação da Polícia Civil que prendeu cinco pessoas e aponta um indivíduo que já estava detido no sistema prisional como mandante do homicídio.
O assassinato aconteceu no dia 19 de junho no bairro Partenon, quando, segundo a Delegacia de Polícia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DPHPP) da capital, uma organização criminosa decidiu punir a vítima, que tinha uma posição considerável na facção, em uma espécie de “tribunal do crime”. Ainda conforme a Polícia, o homem “queria largar o mundo do crime”.
Na noite daquela segunda-feira, dois indivíduos foram até a residência da vítima em uma moto. Um deles, portando uma pistola, invadiu a casa e executou o homem com cerca de 15 disparos. Imediatamente, ambos fugiram. Embora os fatos tenham ocorrido em local de difícil acesso, a ação foi gravada por uma câmera de monitoramento.
Durante a curta investigação, os policiais conseguiram identificar os envolvidos. Um deles era conhecido da vítima e de seus familiares, pois trabalhava como motoboy em um restaurante nas proximidades. Ele os atendeu diversas vezes. As imagens mostram que a moto e o capacete usados no crime eram os mesmos que o autor utilizava no trabalho. Ele foi preso na tarde de sexta-feira (23).
Na noite do dia seguinte, o segundo envolvido foi preso em Florianópolis, em Santa Catarina. Além da prisão dos dois executores, a Polícia identificou que o mandante do crime já se encontra recolhido no sistema prisional. Conforme a DPHPP, a motivação do crime seria desacerto quanto aos valores que a facção devia à vítima, visto que o homem pretendia sair da organização criminosa.
Na manhã de segunda (26), a DPHPP cumpriu um mandado de busca e apreensão, também no bairro Partenon, e prendeu três homens em flagrante por tráfico de drogas. No imóvel investigado foram apreendidos cerca de 900 pinos de cocaína, 300 gramas de maconha e comprimidos de ecstasy, além de cerca de R$ 3 mil. Os entorpecentes foram localizados no fundo falso da cozinha do imóvel.
Conforme a Polícia, a equipe percebeu que algumas lajotas estarem soltas e, quando foi feita a conferência, as drogas foram encontradas. A quantidade de dinheiro e entorpecente reforça, para a Polícia, que o crime foi cometido a mando de organização criminosa. Dez dias depois da morte do homem, nesta quinta-feira (29), a DPHPP divulgou informações sobre a operação.
Fonte Jornal NH
