Um engenheiro de 46 anos em Porto Alegre passou a vida inteira sem conseguir arrotar, não por uma questão de educação, mas devido a uma síndrome recém-descoberta que afeta um músculo crucial na faringe. Em setembro deste ano, Marco Antônio foi submetido a um procedimento inovador na Santa Casa de Porto Alegre, no qual foi aplicado botox na região da garganta. Esse tratamento inovador resultou na cura da Disfunção Cricofaríngea Retrógrada (DCF-R), ou Síndrome do Não-Arrotar, como é conhecida informalmente.
A incapacidade de arrotar causava diversos problemas ao engenheiro e até mesmo o impedia de consumir refrigerantes. O médico responsável pelo procedimento, o otorrinolaringologista Geraldo Druck Sant’Anna, explicou que a aplicação de toxina botulínica no músculo do esfíncter do esôfago relaxa a região, permitindo que os pacientes possam arrotar.
Marco Antônio, após o procedimento, experimentou uma melhora significativa e ficou muito satisfeito por finalmente conseguir eliminar os gases que antes não conseguia. Agora, com essa nova capacidade, ele está empolgado com a possibilidade de vivenciar novas experiências.
A Síndrome do Não-Arrotar foi descrita pela primeira vez em 2019 pelo médico americano Robert Bastian. É comum que pessoas como Marco Antônio descubram tardiamente que são portadoras dessa condição, muitas vezes após pesquisarem sintomas em fóruns na internet.
Fonte Porto Alegre 24 horas