Mais de 30 criminosos fortemente armados tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores em Guarapuava, na região central do Paraná, entre a noite de domingo (17) e a madrugada desta segunda-feira (18), segundo a Polícia Militar (PM).
Dois policiais e um morador ficaram feridos. Os bandidos, de forma audaciosa, fizeram moradores reféns e fecharam os acessos da cidade. Os criminosos atiraram com armas de grosso calibre contra o quartel policial da cidade, incendiaram veículos e atacaram abertamente a polícia antes de tentarem assaltar uma grande empresa do transporte de valores daquela cidade. A empresa, mais tarde, informou que os criminosos não conseguiram acessar o cofre e nada foi levado.
Passo Fundo é um polo também em segurança e muitos dos policiais aqui da cidade integram forças que agem em todo o Estado, especialmente o BPChoque. Mas será que uma ação similar na região de Passo Fundo pode ser reprimida?
Sobre este assunto, a Uirapuru conversou na tarde de ontem (18) com o comandante do 3° Regimento de Polícia Montada (3° RPMon), tenente-coronel Marco Antonio dos Santos Morais. Conforme o comandante, grandes ataques a estabelecimentos bancários ou empresas que guardam altos valores são temas de estudo das forças de segurança do Rio Grande do Sul há bastante tempo. De acordo com ele, em 2018 o Estado teve um pico de ações organizadas contra estabelecimentos bancários, mas os números deste tipo de crime vem diminuindo ano após ano.
Conforme o comandante, estes ataques são divididos em três tipos: um deles é baseado no ataque a caixas com o uso de explosivos. O outro, denominado “Novo Cangaço”, ocorre em horário comercial, com cordão humano e ataque às agências. Mais recentemente, foi identificado um terceiro tipo, que é a ação que ocorreu em Guarapuava, denominada “Domínio de Cidades”, onde criminosos tomam um município, barrando acessos de rodovias e de batalhões locais por meio de incêndios em veículos.
De acordo com Morais, desde que um fato deste tipo ocorreu em Criciúma, em Santa Catarina, a Brigada Militar criou um grupo de estudos. A partir de então, um plano de defesas de cidades foi preparado e hoje a polícia do Rio Grande do Sul tem condições de fazer frente a estes assaltos. Segundo o comandante, aprendendo com fatos de outros estados, a Brigada Militar está preparada caso fatos semelhantes ocorram em solo gaúcho.
Créditos: João Victor Lopes/Rádio Uirapuru