Quatro homens foram presos em Campo Bom na manhã desta segunda-feira (19) por suspeita de realizar sequestros relâmpagos no Vale do Sinos. Conforme o delegado Rodrigo Camara, da Delegacia de Polícia da cidade, os alvos do grupo criminoso eram homens, entre 20 e 40 anos, atraídos por meio de aplicativo de relacionamento.
Assim chegavam ao município, as vítimas eram levadas para um cativeiro, onde ficavam amarradas por até vinte e duas horas. Nesse período, os presos subtraíam, com o emprego de violência e ameaça com arma de fogo, os aparelhos de telefone celular. Além disso, obrigavam as vítimas a fornecerem senhas de aplicativos bancários e cartões de crédito.
Dessa forma, os suspeitos faziam transferências bancárias, compras simuladas em máquinas de cartão de crédito e, até mesmo, compras reais no comércio local, conforme o delegado. A Polícia estima que, ao todo, o prejuízo das vítimas seja acima de R$ 250 mil. “Somente uma das vítimas perdeu mais de R$ 100 mil”, conta Camara.
Ele acrescenta que, até o momento, oito pessoas atraídas pelo grupo foram identificadas. “A maioria é do Vale do Sinos, mas há vítimas de outras regiões”, explica o delegado.
Os quatro presos nesta segunda foram encontrados em Campo Bom. Um quinto suspeito está foragido. Os detidos foram encaminhados ao sistema prisional onde permanecerão à disposição da Justiça.
Na operação, que cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, foram recolhidos três automóveis, celulares, cartões bancários e uma arma de fogo. A ação contou com o apoio das DPs de Sapiranga, Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos, Novo Hamburgo e São Leopoldo.
A investigação durou três meses e teve o objetivo de identificar e prender um grupo criminoso que praticava os crimes de extorsão qualificada pela restrição da liberdade das vítimas (sequestro relâmpago), roubo majorado pelo emprego de arma de fogo em concurso de pessoas e com restrição da liberdade das vítimas, além do delito de associação criminosa em Campo Bom.
O delegado afirma que a Polícia segue trabalhando para identificar os integrantes do grupo que ficaram responsáveis pelo recebimento do dinheiro subtraído das vítimas.
Denúncias
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Fonte Jornal NH