Um garoto de 14 anos foi alvo de perseguições racistas feitos pelos colegas de classe do Colégio Cristão Ver , na região noroeste de Belo Horizonte, Minas Gerais . As informações são do portal Uol .
Em mensagens compartilhadas em um grupo do WhastApp, os alunos fizeram comentários, como “pensei que preto era tudo pobre” e “saudades de quando preto só era escravo”.
O caso ocorrido na última semana. Na próxima segunda-feira (20/12), uma vítima, acompanhada do pai, vai registrar um boletim de ocorrência em uma unidade da Polícia Civil.
De acordo com Alexandre, pai do garoto, o grupo foi criado para que os alunos trocassem conteúdo e estudassem para as provas de fim de ano. O menino de 14 anos foi incluído no grupo, mas passou a ser excluído das conversas.
Diante da situação, o filho de Alexandre saiu do grupo. Logo em seguida, oferecer os melhores com cunho racista.
“Que bom que o ‘neguin’ não tá. Já não aguentava mais preto naquele grupo ”[sic], disse um dos alunos.
O nome do grupo chegou a ser alterado para “Pilantrinhas (sem neguin)”. As mensagens continuaram: “sabia nem que preto estudava”; “Nem sabia que preto podia ter celular”.
A vítima teve acesso às mensagens por meio de um colega, que viu as conversas e o alertou. O garoto, então, contou sobre o episódio ao pai.
“Eu fiquei estarrecido, o dia acabou para mim”, conta o pai.
Após o caso, coordenação pedagógica marcou uma reunião com os pais dos alunos responsáveis e o responsável pela vítima. Na ocasião, segundo Alexandre, alguns dos pais tentaram atenuar os racistas.
“Eles se desculparam, mas o leite já foi derramado. Eles bateram muito forte não só na minha família, mas no meu filho também. Hoje, [ele] não foi disputar um campeonato, não sai de casa e não está comendo ”, disse.
Fonte GBC