Festa deve ser organizada pela Opinião Produtora, que prevê início dos desfiles para a semana anterior ao feriado
O fracasso do edital que pretendia definir a empresa responsável pela organização do Carnaval de Rua de Porto Alegre em 2020 vai atrasar o início da festa. A previsão inicial era de que os desfiles começassem no próximo sábado. Hoje, estima-se que os primeiros blocos saiam no final de semana anterior ao feriado, marcado para o dia 25 de fevereiro.
O evento será comandado por uma companhia definida a partir de um contrato emergencial. A tendência é de que a Opinião Produtora, que fez parte do grupo que ajudou a colocar o carnaval na rua nos últimos sete anos, seja a escolhida. O sócio da empresa, Claudio Favero, afirma que há uma série de pendências a serem resolvidas.
“Pra fazer o Carnaval como ele está hoje, com toda a remuneração dos blocos e com a outorga exigida pela Prefeitura, de R$ 51 mil, além das exigências de datas e descentralização dos circuitos, a gente tem uma estimativa de gastos na casa do R$ 1 milhão. E esse dinheiro não existe. Esse é o grande desafio: buscar patrocinadores e reduzir as exigências, para tentar colocar a festa na rua do mesmo jeito que sempre colocamos”, ressalta.
Ao todo, 27 blocos estão inscritos para desfilarem na Capital Gaúcha. Desses, três serão eliminados, reduzindo o número total de entidades participantes para 24. Caso a Opinião Produtora seja confirmada como a organizadora, eles devem ser distribuídos em oito datas, fixadas durante o Carnaval e, também, nas semanas que antecedem e sucedem a festa.
“Primeiro nós temos que costurar grandes acordos com a administração municipal. Além disso, não há tempo hábil para costurar um patrocínio até a data prevista inicialmente. Hoje, acreditamos que o Carnaval vai acontecer somente nessas três semanas. A não ser que consigamos um grande incremento de verbas, o que faria com que antecipássemos os desfiles em uma semana”, conclui Claudio.
Outra novidade prometida para esse ano era a ajuda de custo aos blocos, no valor de R$ 3 mil para cada entidade. Ainda não há qualquer confirmação a respeito da viabilidade desse item do edital no contrato emergencial. A organização do Carnaval é a responsável por fornecer banheiros químicos, sinalização para bloqueio de trânsito e UTIs móveis durante a programação.
Fonte: Aristoteles Junior | Band