Quase um mês de angustia, assim descreve o filho mais velho de Graziela Rossoni Machado, 39, Guilherme Rossoni, 21.
A moradora de Canoas está desaparecida desde 6 de dezembro, quando saiu para trabalhar e não mais retornou para a casa, no bairro Mathias Velho.
O caso é investigado pela Delegacia de Polícia Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Canoas. Uma das linhas de investigação está relacionada à possibilidade de violência doméstica. Uma semana antes de sumir, Graziela havia se separado do ex-companheiro, com quem morava.
“Ele residia conosco desde maio. Depois que ela começou a se relacionar com ele foi gradativamente ficando reclusa, um comportamento triste”, revela o filho mais velho.
Guilherme acredita que a quebra do sigilo bancário da mãe pode ser decisivo para desvendar o mistério. Ele conta que aguarda há semanas para que a Polícia solicite a autorização judicial necessária.
“Assim esperemos descobrir algum rastro, saber se houve, e onde ocorreu, movimentação nas contas dela, e, a partir disso, entender o que aconteceu”, defende.
O delegado Robertho Peternelli, titular da DPHPP do município e responsável pelo caso, afirma que a quebra de sigilo foi solicitada na última sexta-feira (30).
Ele justifica que a demora ocorreu por conta de problemas técnicos no sistema de informática da delegacia.
“Fizemos a solicitação ao Poder Judiciário, depois que o juiz autorizar, o Banco Central será comunicado e repassará o pedido para as instituições bancárias”, detalha Peternelli.
Busca por respostas
Mãe de quatro filhos, Graziela é descrita como dedicada e amorosa. “Ela faz muita falta. Meus irmãos são menores de idade, estou responsável por eles agora. Minha avó materna está tendo crises de ansiedade”, desabafa Guilherme.
O primogênito diz que após o desaparecimento da mãe ficou sabendo de supostas agressões praticadas pelo ex-namorado.
Sobre o fato, o delegado Robertho Peternelli afirma que há um esforço da Polícia para localizar o suspeito, que prestará esclarecimentos.
Fonte Diário de Canoas