Família de Novo Hamburgo enfrenta luto após ciclone no RS: “Era uma pessoa de coração enorme”

Família de Novo Hamburgo enfrenta luto após ciclone no RS: “Era uma pessoa de coração enorme”

A enchente provocada pela passagem de um ciclone pelo Rio Grande do Sul na última semana causou a morte do hamburguense Milton Luís de Lima, de 60 anos. Ele foi encontrado sem vida na última sexta-feira (16) dentro da própria casa, no Beco da Realeza, bairro Santo Afonso. O local onde vivia com o irmão, Ênio Roberto de Lima, 55, foi tomado pela água.

Familiares contam que, naquela manhã, Ênio havia saído cedo de casa para buscar uma carroça na intenção de tirar alguns móveis da residência. Ao retornar, encontrou a água batendo no teto e Milton já sem vida.

De acordo com a sobrinha Daiane de Lima, Milton era borracheiro de caminhões. Bastante caseiro, tinha forte ligação com o irmão e também com o pai, José Carlito de Lima, de 82 anos. “Meu tio era uma pessoa muito boa, de um coração enorme”, descreve Daiane.

Ela conta ainda que seu esposo, Marcelo, mora na localidade há 36 anos e não lembra de ter testemunhado uma enchente desta proporção. De acordo com a MetSul, a região enfrenta a maior cheia do Rio dos Sinos em uma década, superando as enchentes de 2015 e 2016. Conforme as leituras das réguas de medição do Vale do Sinos e estatísticas históricas, trata-se da maior cheia desde agosto de 2013.

“Estado de choque”

A irmã de Milton, Maria Rosane de Lima, de 58 anos, diz que o pai, José, está em estado de choque, assim como todos os familiares. “Durante a manhã, meu pai ficou com um pressentimento, queria ir até a casa a todo custo, e nós tentando acalmá-lo, até que recebemos a ligação. Acho que ele faleceu dormindo”, relata.

Maria recorda do irmão com muito carinho, lamentando a perda do homem que fez amigos durante a vida inteira e que partiu deixando saudades.

Milton deixa também um filho, Geovane, de 37 anos.

Além do irmão, Ênio acabou perdendo tudo o que tinha dentro de casa. Por isso, a família pede por doações, principalmente de fogão, cama e roupas. Por enquanto, o momento é de tristeza e de avaliação dos prejuízos, mas, segundo Maria, Ênio tem o desejo de voltar a viver na casa onde morava com o irmão.

Fonte Jornal NH

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