Uma enfermeira foi a julgamento nesta segunda-feira (10) por assassinar sete recém-nascidos e tentar matar outros 10.

Ela trabalhava como enfermeira na unidade neonatal do hospital Countess of Chester, localizado na cidade de Cheshire, no noroeste da Inglaterra, entre 2015 e 2016. Lucy Letby, 32, negou os assassinatos de cinco meninos e duas meninas.

Durante o julgamento, no entanto, o promotor Nick Johnson apontou ao júri como a unidade neonatal do hospital viu um aumento “significativo” na taxa de mortalidade em 18 meses a partir de janeiro de 2015.

As mortes, de acordo com um relatório publicado em julho de 2016 pelo Royal College of Pediatrics and Child Health, eram descritas como “inexplicáveis” ou “inesperadas”.

Ainda em seu discurso para o júri de Manchester, Nick Johnson ressaltou que os assessores pediátricos perceberam que as mortes tinham um denominador comum.

Segundo ele, muitas das mortes ocorreram à noite, quando Lucy estava de plantão. Johnson acrescentou, ainda, que “quando Lucy Letby foi transferida para o horário diurno, os desmaios e as mortes passaram a ocorrer no horário diurno”.

Segundo o jornal Manchester Crown Court, Letby injetou insulina, leite ou ar nas vítimas, dentro da unidade neonatal do hospital, que cuida de recém-nascidos prematuros ou doentes. As investigações apontam que ela matou um menino com insulina e tentou matar outro com uma injeção de ar no dia seguinte.

Ela foi presa e acusada em novembro de 2020. Lucy já havia sido questionada sobre os crimes por duas vezes, em 2018 e 2019, sem que nenhuma providência fosse tomada na época.

Conforme o Daily Mail, da Inglaterra, o promotor disse que a polícia descobriu que enfermeira “rastreou” a família de algumas das vítimas pelo Facebook.

Fonte UOL