Empresário procurava mulheres com filhos em ONGs e sites de relacionamentos para exploração sexual infantil

Empresário procurava mulheres com filhos em ONGs e sites de relacionamentos para exploração sexual infantil

O empresário preso por negociar atos sexuais com mães de crianças usava ONGs beneficentes para se aproximar de mulheres com filhas e convencê-las de submeter as crianças a atos sexuais com ele em troca de dinheiro por Pix.

Conforme a Polícia Civil, o abusador também usava sites de relacionamento com a intenção de encontrar mulheres do mesmo perfil: com filhos menores de idade, crianças de 0 a 12 anos. Ele convidava elas para encontros “familiares”, onde elas levariam as vítimas que eram abusadas sexualmente.

Para convencê-las e demonstrar “boas intenções” o empresário solicitava a chave Pix das genitoras para depósito imediato. Em seguida, iniciavam as combinações. Ele negociava os encontros com pagamentos através de uma espécie de “cardápio”, onde ele apontava atos sexuais e carícias que gostaria de receber das crianças e as mães indicavam um preço, como se fosse uma prestação de serviços. Inclusive, os atos sugeridos eram reproduzidos através de GIFs com teor sexual.

Após definir as ações e combinar os valores, marcava de encontros em locais reservados como em hotéis nas cidades das vítimas ou de recebê-las em uma de suas residências em Imbé.

As autoridades tomaram conhecimento da ação criminosa praticada pelo empresário após uma denúncia anônima de que uma mulher de Porto Alegre submetia as três filhas, com idades entre 8 e 12 anos aos crimes de exploração sexual, prostituição, estupro e derivados do crime de pornografia infantil.

Combate as explorações 

Em uma operação realizada por meio da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente, do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos de Vulneráveis – 1ª DPCA/DECA/DPGV no fim do mês de abril, a genitora foi presa na Capital e o pedófilo em uma de suas casas na cidade do litoral norte onde eventualmente recebia vítimas. Na casa do abusador, os policiais apreenderam diversos instrumentos sexuais, localizados medicamentos calmantes de venda controlada, possíveis dopantes, como outros acessórios indicando a sua preferência sexual por crianças.

Celulares e notebook do homem com o histórico de todas as conversas com a mãe das menores também foi apreendido. O teor das conversas são assustadores, ele menciona as violências que teria desejo de fazer com as vítimas e até envia gifs, enquanto a genitora sugere preços, que variam entre R$ 350 e R$ 500. Quando ela não responde ou fica em dúvida sobre a permissão ele oferta valores mais altos, a partir de R$ 1 mil.

A mãe dessas crianças não era a única a explorar as filhas. Em segunda fase da Operação La Lumière (“A Luz” – remetendo à operação Luz da Infância), realizada nesta quarta-feira (17), duas mulheres foram presas pelo mesmo crime: exploração sexual infantil. Elas negociavam a liberdade sexual das crianças com o abusador através do WhatsApp. 

Uma mulher de 26 anos, moradora de Cachoeirinha, submetia a filha de sete anos aos atos criminosos com o empresário. Outra mulher, de 23 anos, permitia que as filhas de um e três anos fossem vítimas dele. Segundo a investigação, elas já foram prestadoras de serviço da empresa do acusado. 

Denuncie violência sexual contra crianças e adolescentes

Denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes podem ser feitas, inclusive de forma anônima, pelo Disque 100. Também é possível relatar casos para a Brigada Militar, pelo 190, ou acionar o Conselho Tutelar da sua cidade. A Polícia Civil do RS dispõe também dos fones (51) 2131.5700 (para Porto Alegre), 0800 642.6400 e (51) 9.8418.7814 (WhatsApp e Telegram).

Fonte Jornal VS

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