Na tentativa de resolver os problemas que estão causando falta de água em algumas localidades da Zona Leste da Capital, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) está adotando uma série de medidas. Desde o início do mês, as equipes técnicas do Dmae trabalham diariamente para minimizar os impactos gerados por quedas de energia, superaquecimento nas estações de bombeamento e o baixo nível dos reservatórios, devido ao alto consumo que é causado pelo calor extremo. As ações emergenciais visam agilizar a retomada dos sistemas, diminuir as interrupções no abastecimento e auxiliar a subprefeituras para determinar o envio de caminhões-pipa quando há necessidade.
Neste mês de janeiro, paradas emergenciais de estações – inclusive para encher os reservatórios que secam muito rápido pela demanda -, e permitir a retomada dos bombeamentos, estão sendo mais frequentes do que vinham ocorrendo nos últimos verões. As paradas afetam principalmente as localidades de Coronel Aparício Borges, Menina Alvira, Agronomia, Vila dos Sargentos, parte do Partenon, São José, São José Comunitária, Morro da Cruz e outras comunidades do entorno.
Entre as medidas, estão o acompanhamento operacional diário e presencial na Estação de Bombeamento de Água Tratada (Ebat) Cristiano Fischer, além da melhoria e instalação de equipamentos que visam diminuir a temperatura dos motores da estação. A Ebat Cristiano Fischer é responsável por bombear água à região mais acima e também tem apresentado problemas. Quando os motores ou parte deles param, há menor bombeamento de água e os reservatórios demoram mais para encher, aumentando o tempo de recuperação do sistema de abastecimento.
Nesta terça-feira, 25, boa parte das localidades estão abastecidas ou com abastecimento em processo de normalização. Comunidades que seguem sem água estão localizadas, principalmente, no topo no morro, onde o Dmae está levando água por meio de caminhões-pipa, em conjunto com a subprefeitura do Partenon. Entre as ruas atendidas desde a manhã estão Encantadora, Alta Tensão, São Guilherme e travessa Santa Tereza. Nos últimos dez dias, mais de 20 atendimentos foram realizados por pipas na região. No entanto, a situação é de instabilidade nos bombeamentos, que voltam a operar e precisam parar novamente para encher os reservatórios.
A zona mais afetada é uma área verde com moradias que foram sendo construídas sem planejamento urbano e infraestrutura e estão localizadas acima do nível dos reservatórios instalados. Nestes locais não há redes públicas e regulares de água.
Fonte: DMAE/ Prefeitura de Porto Alegre.