Na noite desta segunda-feira (25), o vereador Dimas Costa convocou a imprensa de Gravataí, para assistir a sua live exibida em sua página, onde fez uma grave denúncia contra empresa terceirizada CAB, que não está segundo ele fornecendo os EPIs a seus profissionais que estão na linha de frente do combate ao Coronavirus.
Segue abaixo nota publicada na página do Vereador referente as denuncias feitas em sua live:
“A empresa CAB é responsável pelo serviço de recepcionistas nas unidades de saúde de Gravataí, e entre as suas obrigações, no contrato milionário, é garantir o fornecimento de EPIs adequados ao período de pandemia aos seus funcionários, Mas não é o que acontece.
Contrariando portaria da Anvisa, a empresa entregou a cada uma das funcionárias, no dia 29 de abril, duas máscaras de TNT completamente inadequadas ao ambiente de uma unidade de saúde.
Ainda assim, no ato da entrega das máscaras, a empresa repassou instruções de que aquele material não era descartável.
As recepcionistas, que têm contato com todos os pacientes — inclusive os suspeitos de Covid-19 —, deveriam usá-las por 60 dias, lavando até 30 vezes cada uma das máscaras.
Conforme a Anvisa, deve-se destinar material profissional — máscara cirúrgica descartável, com uso máximo de 3 horas, ou do tipo N95 — não apenas aos profissionais de saúde, mas a todos que estão na linha de frente.
É vedado o uso de máscaras de TNT em ambiente de saúde. Desde o começo do ano, a CAB já recebeu R$ 7,6 milhões em repasses da prefeitura, referentes a três contratos diferentes para prestação de serviços. Recurso suficiente para garantirem a proteção dos seus funcionários.
Ainda em março, é bem verdade que a CAB teria fornecido máscaras profissionais às funcionárias, que, no caso da UPA — onde já há pelo menos 5 casos de Covid-19 confirmados —, sequer foram usadas.
Arbitrariamente, a coordenação da unidade, que é da Secretaria Municipal da Saúde, ordenou, pelo menos até 18 de março, que as recepcionistas não deveriam usar máscaras “para não causar pânico na comunidade”.
Eram as únicas naquele ambiente a não terem máscaras no momento em que os primeiros casos da doença eram registrados em Gravataí.
A consequência da imprudência não poderia ser outra.
Entre os casos confirmados de Covid-19 na UPA, está uma recepcionista. Após o afastamento da colega, a CAB, “preocupada” com a situação, entregou mais um kit com duas máscaras de TNT (na ficha que acompanha as máscaras, referem como uma “máscara de tecido”) para que as funcionárias as reutilizem.
É impossível que a gestão do município não tenha percebido a forma como uma empresa terceirizada, que recebe do erário público, tem agido. Não se trata de espalhar o pânico, mas de bem informar e proteger a comunidade.
Encaminharei a denúncia ao Ministério Público.
E espero que os responsáveis por fiscalizar o cumprimento dos contratos, por parte da prefeitura, cumpram as suas funções.” diz Dimas Costa.
Fonte Gravataí 24 horas