Mãe que matou o filho chora durante reconstituição do crime

Mãe que matou o filho chora durante reconstituição do crime

O Instituo-Geral de Perícias (IGP) realizou na noite desta quinta-feira (19) a reconstituição da morte do menino Rafael Mateus Winques, 11 anos, ocorrida em Planalto, no Norte do Estado.

O objetivo foi verificar se a versão apresentada pela mãe Alexandra Dougokenski, 33, que confessou o crime, condizia com os fatos. A perícia iniciou por volta das 18h na delegacia da cidade.

A investigada e outro filho dela, de 16 anos, foram ouvidos pela perícia. O adolescente foi dispensado da segunda parte da dinâmica, após relatar ter ouvido apenas barulhos, sem presenciar o crime. A mãe, inclusive, passou mal e precisou receber atendimento médico na delegacia.

Já na casa onde os fatos aconteceram, todos os momentos da versão apresentada pela mulher foram refeitos. O fotógrafo criminalístico do IGP fez o levantamento fotográfico do local.

Um boneco com o peso compatível ao da vítima foi utilizado para representá-la. A mãe teve que carregar o boneco, simulando como arrastou o filho até o lado de fora. “Fizemos a sequência de todas as ações referidas na versão de Alexandra, que mostrou, no local, como os fatos teriam ocorrido naquele dia. A partir de sua demonstração, são realizadas as análises técnicas pertinentes ao exame” explica a perita criminal Bárbara Cavedon, responsável pelo Laudo da reprodução simulada.

Peritos que atuaram no encontro do cadáver também voltaram ao local para participar do trabalho de reconstituição. A reprodução foi acompanhada também pelo perito médico-legista que realizou a necropsia.

Conforme o delegado Eibert Moreira Neto, com base no laudo pericial, a morte se deu por asfixia mecânica. Ele acredita que o menino morreu quando a mãe começou a movimentá-lo na cama com uma corda, após tê-lo medicado com diazepan.

Alexandra teve que mostrar aos peritos como carregou o corpo do filho. Ela saiu da casa e mostrou como arrastou Rafael até a residência vizinha e o colocou em uma caixa de papelão. Alexandra chorou durante a reprodução dos fatos.

Na terceira parte, a da elaboração do laudo, o perito analisa as versões relatadas, verificando quais são factíveis, tendo como base elementos técnicos do trabalho pericial. A previsão é de que o laudo esteja concluído em 30 dias.

Fonte Diario de Passo Fundo

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