CPERS defende suspensão imediata das aulas para conter avanço do coronavírus

CPERS defende suspensão imediata das aulas para conter avanço do coronavírus

O CPERS Sindicato divulgou nota neste sábado (14) defendendo a suspensão imediata das aulas para conter o avanço do coronavírus no Estado. “Não pensamos apenas nos nossos estudantes, funcionários(as) e professores(as), mas no conjunto da população. É essencial estancar a velocidade de propagação do vírus, sob pena de levar o sistema de saúde ao colapso e à situação de calamidade observada em diversos países”, diz a nota. para o sindicato, a suspensão das aulas é só uma questão de tempo. “Cabe ao governador decidir quando tomará a decisão. Esperamos que não seja tarde demais para evitar o pior”, acrescenta.

A presidenta do CPERS, Helenir Aguiar Schurer, divulgou um vídeo dirigido à categoria anunciando a suspensão do ato público que havia sido convocado para o dia 18 de março, mantendo, porém, a paralisação convocada para o mesmo dia.

Confira a íntegra da nota do CPERS:

Eduardo Leite (PSDB) publicou, nesta semana, um decreto vetando eventos públicos e viagens oficiais de integrantes do governo. Protegeu os seus, mas nada propôs para defender a vida dos estudantes e educadores(as) da rede estadual e suas famílias.

Diante do crescimento exponencial dos casos de coronavírus, a única medida imposta às escolas até o momento é a proibição de uso dos bebedouros, submetendo alunos(as) a condições desumanas em temperaturas próximas dos 40ºC.

São centenas de milhares convivendo diariamente em salas superlotadas e mal ventiladas, fatores agravados pelas políticas correntes de fechamento de turnos e turmas.

Muitas das escolas sequer receberam verbas para aquisição da merenda neste ano. Há casos em que faltam materiais básicos, como sabão e papel toalha.

São razões suficientes para duvidar da capacidade de suprir as instituições com álcool em gel e demais insumos dentro da necessária urgência.

Assim, cabe ao Estado dar exemplo e tomar medidas preventivas à altura da crise sem precedentes que atravessamos. Suspender as aulas imediatamente, garantindo a remuneração dos trabalhadores(as), e por tempo determinado, é a providência lógica a ser tomada.

Cabe um destaque para a necessidade de resguardar o bem-estar da comunidade escolar. O Município do Rio de Janeiro, por exemplo, paralisou as atividades letivas mas abrirá as escolas para ofertar merenda, garantindo a refeição dos filhos dos trabalhadores(as).

A suspensão também seria uma oportunidade para o governo reorganizar e retomar o ano letivo suprindo as atuais carências da rede estadual. Faltam, hoje, mais de 1,5 mil educadores(as) nas escolas, de acordo com levantamento organizado pelo Sindicato.

Não pensamos apenas nos nossos estudantes, funcionários(as) e professores(as), mas no conjunto da população. É essencial estancar a velocidade de propagação do vírus, sob pena de levar o sistema de saúde ao colapso e à situação de calamidade observada em diversos países.

Suspender as aulas, como já demonstram outros estados, é uma questão de tempo. Cabe ao governador decidir quando tomará a decisão. Esperamos que não seja tarde demais para evitar o pior.

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