Coral, jararaca e cruzeira são os principais tipos de cobras nativas encontradas na região

Coral, jararaca e cruzeira são os principais tipos de cobras nativas encontradas na região

Principal orientação é que as pessoas não se aproximem, cutuquem e nem matem estes animais

A chegada de estações como a primavera e o verão contribuem para o aparecimento de vários tipos de serpentes na região. Independentemente de ser na zona urbana ou rural, o aumento nas temperaturas e alteração do habitat natural contribui, significativamente, para a migração das cobras para outros espaços. De acordo com o biólogo Jackson Müller, a região conta com uma fauna e flora abundantes e nativas. Porém, destaca a interferência humana no aparecimento dos animais em novos habitats.

“As capturas de cobras acontecem com mais frequência em casas que acumulam entulhos e que têm vegetação no entorno. Os restos de materiais como madeiras, telhas e tijolos favorecem a proliferação de animais como os ratos e baratas, que são os alimentos das cobras. Como não possuem controle de temperatura corporal, as serpentes procuram umidade e lugares mais frios em dias de muito calor para diminuir a temperatura do corpo, por isso, é comum encontrar as cobras escondidas em cantos escuros e frios, como embaixo de pias e tanques”, ponderou.

Müller recomenda, ainda, que em caso de identificação dos animais nas moradias ou proximidades, que as pessoas não capturem os animais. “Recomenda-se que agentes do órgão ambiental municipal ou dos bombeiros promovam a captura correta e a soltura imediata em local apropriado, evitando acidentes às pessoas e protegendo as espécies”, destaca. O biólogo informa, também, que as pessoas não se aproximem dos animais. “A principal orientação é o cuidado, e que não cutuquem e nem matem as cobras ao encontrá-las em ambientes urbanos. Ao avistar uma cobra, é preciso isolar a área, retirar crianças e animais de estimação e acionar o agentes de meio ambiente e os bombeiros pelo telefone.

Principais tipos na região

Aqui na região, o Müller atenta para as principais espécies nativas encontradas. Segundo ele, é comum localizar em meio às matas ou espaços urbanos a coral (a falsa e a verdadeira), a jararaca, a cruzeiro (venenosas), variando de tamanho, podendo ser juvenis até adultas. Também são comuns as cobras verdes, que andam pelas árvores e arbustos e que são mais compridas e de coloração verde a marrom. Estas não são venenosas. No Rio Grande do Sul existem, aproximadamente, 86 espécies de cobras.

Soros recomendados em casos de envenenamento

Confira abaixo, com base em informações do Instituto Butantan, quais os soros indicados em cada tipo de tratamento, de acordo com a espécie da cobra:

:: Soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético

Indicado no tratamento do envenenamento por serpentes do gênero Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, surucucu, comboia), ou em acidentes por Lachesis (surucucu-pico-de-jaca), encontrada principalmente na Amazônia.

:: Soro antibotrópico (pentavalente)

Indicado no tratamento do envenenamento por serpente do gênero Bothrops, (jararaca, jararacuçu, urutu, surucucu, comboia). As doses variam de acordo com a gravidade.

:: Soro anticrotálico

Indicado no tratamento do envenenamento por serpente do gênero Crotalus, (cobra cascavel). As doses variam de acordo com a gravidade.

:: Soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico

Indicado no tratamento do envenenamento por serpentes do gênero Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, surucucu, comboia), ou em acidente por Crotalus (cobra cascavel).

:: Soro antielapídico

Indicado no tratamento do envenenamento por serpente do gênero Micrurus, (coral verdadeira).

Fonte Jornal NH

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