Créditos da foto da notícia: Foto: Tayná Schutz.
O Colégio Israelita Brasileiro, de Porto Alegre, divulgou nota neste domingo (15) informando sobre a suspensão das aulas a partir da próxima quarta-feira (18). As aulas de segunda e terça-feira (16 e 17) estão mantidas. Depois desta data as atividades pedagógicas passarão a ser realizadas em plataforma online. Foi a primeira escola particular a tomar esta medida na Capital. Algumas universidades de Porto Alegre e do interior já tomaram medidas semelhantes.
Na sexta-feira (13) o Sinepe/RS (Sindicato do Ensino Privado do RS) divulgou comunicado esclarecendo que a interrupção de aulas ainda não era recomendada pelo Ministério da Educação e pela SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
Segundo a entidade, no dia 12 de março, infectologistas do Hospital Albert Einsten fizeram um evento online dirigido às instituições de ensino de todo País em que passaram informações importantes sobre o assunto. Questionados sobre quando a escola deve suspender as atividades, o infectologista Hélio Bacha indicou que o fechamento de turmas ou da escola somente é recomendado em casos confirmados de coronavírus entre alunos, professores e/ou funcionários. Os alunos que tiverem contato com o infectado precisam ficar em quarentena, isto é, 14 dias isolados.
Diante de possíveis casos no ambiente escolar, o Sinepe informa que a Federação Nacional das Escolas Particulares recomendou, em nota emitida na sexta-feira (13) que as escolas considerem a possibilidade de substituição excepcional das aulas presenciais por virtuais, tendo como apoio o uso de ferramentas tecnológicas.
“Sugerimos, inclusive, que esta opção de atendimento ao aluno seja contabilizada como atividade letiva. Apesar de a nossa legislação não trazer norma específica para a situação que o país se encontra, recomendamos, como dispositivo utilizado em situação semelhante, a leitura do Decreto nº 1.044/1969, que dispõe sobre o tratamento excepcional para alunos portadores das afecções”, orienta a Federação. A entidade sugere ainda que aquelas escolas que ainda não utilizam tais plataformas, estudem a sua implantação em caráter emergencial, diante de um possível avanço da doença no País.
Outra recomendação importante da Fenep, diz a entidade, é que, por precaução, as instituições adiem eventos extracurriculares, como feiras culturais, gincanas ou torneios desportivos, assim como eventuais atividades internas em locais de grande circulação, como bibliotecas, cantinas, teatros e afins.
A entidade ressalta que o cenário pode mudar. “Diante de mudanças no quadro atual, novas orientações poderão ser divulgadas em nossos canais oficiais e nas redes sociais”, dizia o comunicado.
(O Sul)