Caso Miguel: delegado relata falta de desejo da mãe em encontrar filho e chama madrasta de monstro

Caso Miguel: delegado relata falta de desejo da mãe em encontrar filho e chama madrasta de monstro

O julgamento do assassinato de Miguel dos Santos Rodrigues começou na manhã desta quinta-feira no Fórum de Tramandaí, no Litoral Norte. O primeiro depoimento foi do delegado responsável pelo caso, Antônio Carlos Ractz. Em sua manifestação, ele afirmou que a mãe do menino, Yasmin Vaz dos Santos, não tinha desejo de encontrar o filho logo depois de ter comunicado o desparecimento. Ao falar da madrasta, Bruna Nathiele Porto da Rosa, Ractz foi ainda mais incisivo: “Eu não tenho respeito por ela. Ela não é uma pessoa, ela é um monstro”, declarou.

“Desde o início, eu achei estranho o comportamento da mãe e da madrasta. No interrogatório da Yasmin eu me deparei com a pessoa mais fria que encontrei na minha vida. Eu chorei durante esse interrogatório. Ela admitiu que mantinha a criança trancada num armário. Eu tentava tirar dela o paradeiro da criança, mas ela não demonstrava desejo de encontrar o próprio filho”, disse o delegado.

Antônio Carlos Ractz explicou que durante as investigações encontrou as buscas que mãe e madrasta fizeram antes de comunicar o desparecimento da criança. “Procuraram para ver se era possível encontrar digitais no mar”.

Durante a sua manifestação, Ractz se deteve a falar do comportamento da madrasta Bruna Nathiele. “Ela é teatral. Ela provavelmente fará aqui um teatro, mas eu não tenho respeito por ela. Para mim, ela não é uma pessoa, ela é um monstro”, relatou.

Ractz explicou que Miguel era trancado em armário com o auxílio de um cabo de vassoura. “Ele permanecia ali boa parte do tempo. Ele fazia as suas necessidades ali, nas próprias roupas, e apanhava por isso. Enquanto isso, a vida da mãe e da madrasta seguia. Elas trabalhavam e passeavam enquanto ele ficava trancado”, acrescentou.

Conforme o delegado, Miguel já teve a sua sentença de morte decretada há muito tempo. “O Miguel já estava morto há muito tempo. Ele foi rejeitado pelo pai lá atrás. E com elas não ele não era alimentado. A foto que temos dele, que ficou conhecida publicamente, foi tratada. Ele na realidade estava muito pior do que aquilo ali. Coloca mais 15 dias em cima daquela foto”, pontuou.

Fonte Correio do Povo

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