O Carrefour desistiu do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de R$ 120 milhões que seria assinado com o Ministério Público em função da morte de João Alberto, de 40 anos. O homem foi espancado até a morte pelo segurança de uma das unidades da rede de supermercados em novembro do ano passado.
Na ocasião, os dos homens, um de 24 anos e outro de 30 anos, foram presos em flagrante. Um deles era membro da Brigada Militar e o outro era segurança do supermercado e foi levado a um prédio da Polícia Civil.
Para evitar as ações na Justiça, a intenção do MP era que a empresa assinasse o acordo junto com a Defensoria Pública, entidades do movimento negro e familiares. Entre as cláusulas do acordo, a empresa não poderia contratar empresas que contassem com policiais.
Em maio deste ano o Carrefour depositou R$ 1 milhão na conta de Milena Borges Alves, viuva de João. Essa era a última proposta de acordo. Segundo a empresa, após o depósito, “com a finalidade de consignação extrajudicial”, realizado na última semana de abril, a conversa com os advogados foi retomada e o acordo de indenização foi fechado.
Um dos motivos para a recusa, na época, era que o valor oferecido pela rede de supermercado é o mesmo pago pela morte do cão Manchinha, após ser espancado por um segurança, também no Carrefour de Osasco (SP). O caso aconteceu em 2018. A marca francesa assinou um termo de compromisso e destinou R$ 1 milhão para órgãos ligados à causa animal.
Fonte GBC