Prepare o bolso para ir no supermercado. A carne de frango que já está mais de 18% mais caro pode subir ainda mais. Ela, que para muitos brasileiros é a alternativa para substituir a carne vermelha, vem acumulando altas.
De acordo com entidades do setor, a industria está repassando para o consumidor final os custos com a produção que subiram durante a pandemia. Agora, eles estão encolhendo o abate dos animais, reduzindo a oferta e encarecendo o produto final. A Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), estima que só em junho, a produção encolheu 15% no Rio Grande do Sul.
A ASGAV acredita que a redução dos abates de deve a alguns fatores, como o valor do milho e a redução de estabelecimentos consumidores, como restaurantes, em razão da pandemia de coronavírus, que afetou também a logística do grão e do farelo de soja, que compõem a ração dos animais. O grão de milho, que compõe 70% da ração animal, acusou aumento de 100% nos últimos 12 meses. O farelo de soja responde por outros 20% da ração. Conforme a Embrapa Suínos e Aves, o Índice de Custo de Produção (ICP) para frangos apresenta aumento de 52,3% nos últimos 12 meses.
Impacto para o consumidor
O boletim econômico de junho do Iepe/UFRGS mostra que as carnes bovina e de frango lideram entre os itens com maior impacto sobre a inflação no primeiro semestre de 2021. No ano, o preço da carne de frango em Porto Alegre variou 18,86%. Apenas em junho, o item subiu 4,06%.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destaca que as carnes subiram pelo quinto mês consecutivo em junho, acumulando alta de 36,69% em 12 meses na região metropolitana de Porto Alegre e 38,17% no país. Só o frango em pedaços acumula alta de 18,41% nesse período na região da capital gaúcha e 18,46% no Brasil. Em 2021, a alta do item é de 9,24% na Grande Porto Alegre e de 7,48% no país.
Fonte GBC