paralisação dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS), realizada na segunda-feira, afetou mais diretamente o atendimento dos exames práticos de direção, segundo avaliação feita nesta terça-feira pela direção da autarquia.
Um levantamento prévio do departamento indicou que ocorreram cancelamentos de provas em pelo menos 50 Centro de Formação de Condutores (CFCs), em quatro regiões do Rio Grande do Sul: Metropolitana, Caxias do Sul, Santa Maria e Litoral Norte.
Em razão da paralisação da segunda-feira, o Detran/RS orienta os candidatos em processo de habilitação que tiveram o exame cancelado para que procurem o seu CFC para remarcar a prova, sem taxa adicional. Em nota, a direção da autarquia informa que segue conversando com a categoria e que busca o reconhecimento reivindicado pelos servidores dentro das limitações que o governo gaúcho coloca.
Uma semana após o protesto que interrompeu a prestação de parte dos serviços do Detran/RS em Porto Alegre, os funcionários da autarquia voltaram a se mobilizar na Capital. O ato aconteceu na manhã de segunda-feira no Centro Administrativo Fernando Ferrari e contou com a presença de 250 funcionários. O vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Detran/RS (Sindet), Wagner dos Santos, disse que os trabalhadores lamentam a falta de reposição salarial e a precarização das condições de trabalho. Os profissionais estão em estado de greve desde o último dia 16 de setembro, mas não cruzaram os braços para evitar prejuízos à população.
Segundo Santos, após o incêndio que destruiu a sede da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), na rua Voluntários da Pátria, o departamento segue sem um local definitivo. “Não temos sede e os nossos veículos são velhos. Os funcionários clamam por uma modernização do autarquia. A verdade é que o órgão está sucateado”, acrescentou. De acordo com Santos, uma grande parte dos funcionários foi transferida ao regime de home-office. Porém, segundo o sindicalista, não há estrutura em termos de equipamentos para quem está no tele-trabalho.
Conforme o sindicato, a reposição da inflação sobre o salário dos últimos oito anos não foi paga, fazendo com que a defasagem chegasse a percentual de 50%. Na semana passada, quando houve o protesto no Centro Administrativo, o governo do Estado afirmou que estava mantida a “disposição para o diálogo com os servidores, para buscar uma solução viável”.
Fonte Correio do Povo