Mesmo com fiscalização, camelôs se multiplicam no Centro de Porto Alegre

Mesmo com fiscalização, camelôs se multiplicam no Centro de Porto Alegre

Em cada rua e esquina do Centro Histórico de Porto Alegre, os vendedores ambulantes estão presentes. Não é preciso caminhar muito para localizá-los, pois estão sempre disputando espaço com os pedestres e veículos. Embora a fiscalização da Prefeitura busque coibir a prática do comércio irregular, os camelôs retornam aos pontos de maior circulação. Não é de agora que os ambulantes estão presentes na área, comercializando de tudo: itens eletrônicos, frutas, artigos de decoração em geral.

Seja pela necessidade ou mesmo pela falta de opções, quem transita regularmente por estes pontos está acostumado a vê-los nas calçadas, causando até brigas por vezes entre eles próprios, e assustando as pessoas que transitam pela região. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SMDET) é a responsável por promover soluções para que estas pessoas saiam da informalidade e possam ter condições mais dignas de exibir seus produtos. Isto está sendo feito, de acordo com o titular da pasta, Rodrigo Lorenzoni.

“Trabalhamos com auxílio e incentivo ao empreendedorismo, exemplo do programa de Microcrédito, que paga juros de contrato de financiamento para empreendedores formais e informais.”, afirma ele. Recentemente, 40 feirantes irregulares do Largo Glênio Peres foram encaminhados para este programa, Sine e vagas em bancas livres nas feiras existentes na cidade. Em 2021, conforme Lorenzoni, também foram abertas 120 vagas no POP Center para acolher comerciantes que estavam nas ruas.

Em uma demonstração da falta de controle quanto aos informais, a reportagem do Correio do Povo flagrou, na tarde desta sexta-feira, uma briga generalizada entre um camelô, natural do Senegal, que estava na Rua dos Andradas, na esquina com a General Câmara, com outro homem que havia tentado furtar dele uma caixa de som. A confusão durou alguns segundos, mas apavorou quem passava pelo local. O camelô, de 27 anos, contou que estava sentado em um canto da rua, com mais alguns produtos, quando outro homem, de regata preta, se aproximou de alguns itens, no meio da rua, observou o movimento e saiu do local.

Ele retornou menos de um minuto depois, e levou uma caixa de som. O camelô viu tudo, e partiu para cima, derrubando o outro homem e retornando o produto que havia sido furtado. Em seguida, desferiu socos no rosto no ladrão. A briga terminou quando o autor do furto se levantou e deixou a região por conta própria. A reportagem procurou o 9º Batalhão de Brigada Militar, responsável pela área em questão, para comentar a ocorrência, mas até a publicação desta matéria, não houve resposta da corporação.

Fonte Correio do Povo

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