Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, informou hoje, 21 de julho, que “centenas de milhares” de contas poupança digital da instituição, movimentadas pelo aplicativo Caixa Tem foram suspensas por suspeita de fraude.

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“Todos os bloqueios são suspeita de fraude”, afirmou o presidente da Caixa Pedro Guimarães em entrevista ao portal InfoMoney. “Suspendemos centenas de milhares de contas sim, e nesse momento as pessoas podem pedir o desbloqueio”.

Guimarães ainda informou “Quando a pessoa vai à agência e mostra que é ela mesma, nós liberamos rapidamente. Se ela não for, ficará sim bloqueado, porque essa questão de fraude nesse momento de pandemia é inaceitável” .

O presidente da Caixa ainda apontou que a origem da fraude se deu com o início dos cadastros do Auxílio Emergencial. De acordo com Pedro Guimarães como muitas pessoas não possuíam celular, a Caixa permitiu que um celular abrisse mais de uma conta, o que foi o “cerne da fraude”.

“Temos as provas de que a grande maioria foram utilizadas por hackers. Mas algumas pessoas são pessoas honestas que foram penalizadas”, afirmou.

Ele apontou, no entanto, que os responsáveis já foram identificados, “e rapidamente serão penalizados”.

O portal G1 questionou a Caixa sobre o número exato de contas bloqueadas por suspeita de fraude e sobre os procedimentos para desbloqueio, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Para os beneficiários que tiveram conta suspensa precisarão procurar agência para fazer a liberação, segundo presidente da Caixa.

Reclamações

Inúmeros beneficiários do Auxílio Emergencial e do FGTS emergencial estão relatando problemas e dificuldades ao acessar o aplicativo Caixa Tem. Nas redes sociais existem relatos de pessoas que não estão conseguindo utilizar o Caixa Tem nem para utilizar o saldo do auxílio emergencial quanto do FGTS, ou até mesmo de conseguir consultar o próprio saldo.

A última atualização do Caixa Tem aconteceu no dia 7 de julho, onde a instituição informou uma atualização para corrigir falhas da ferramenta. A Caixa afirmou à época que o período de sessão no aplicativo havia aumentado para 72 horas, o que faz com que o usuário do Caixa Tem não precise ficar entrando na fila de acessos para realizar uma nova movimentação.

(Jornal Contábil)