Buscas por advogada desaparecida em São Leopoldo são suspensas após equipes averiguarem toda área de mata

Buscas por advogada desaparecida em São Leopoldo são suspensas após equipes averiguarem toda área de mata

Equipes do Corpo de Bombeiros encerraram, por volta das 20 horas desta terça-feira (19), as buscas em área de mata de São Leopoldo pela advogada Alessandra Delatorre, 29 anos.

De acordo com a major Karyn Savegnago, do 2º Batalhão de Bombeiros Militar, nenhuma nova pista sobre o paradeiro ou trajeto percorrido pela jovem, desaparecida desde sábado (16), foi encontrada.

Com isso, o delegado André Serrão, responsável pela investigação, informa que a procura por Alessandra está suspensa até que a Polícia obtenha novas informações sobre o caso.

Contudo, a investigação através de inteligência policial, que colhe depoimentos e busca por câmeras de videomonitoramento que possam ter filmado a advogada, continua.

Conforme a major Savegnago, para concluir a investigação em toda a extensão da Reserva Florestal Padre Balduino Rambo, equipes do Corpo de Bombeiros contaram com a ajuda de cães farejadores e passaram toda a terça-feira realizando buscas em um trecho mais isolado da mata, próximo à divisa com Sapucaia do Sul.

O local era a única parte do matagal que ainda não havia sido examinada durante a procura pela advogada.

A major não descarta, no entanto, que a equipe precise retornar à mata no decorrer da investigação, caso o local volte a ser apontado em uma nova pista.

O caso

Mais de três dias se passaram desde o desaparecimento da moradora de São Leopoldo. Alessandra saiu de casa na tarde de sábado usando calça e moletom pretos e cabelos presos.

Ela teria saído para praticar uma caminhada, o que era comum. De acordo com os relatos de familiares à polícia, Alessandra estava sem documentos, celular ou qualquer equipamento eletrônico.

Para a investigação, são indícios de que ela não desejava ser encontrada.

Na manhã desta terça-feira, o caso foi abordado em uma coletiva de imprensa, com a presença da Polícia Civil, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, na sede do 16º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado.

As buscas da desaparecida envolveram também o Exército.

Na segunda-feira (18), um cão farejador do Corpo de Bombeiros indicou um trajeto pelo qual Alessandra teria passado, chegando a uma saída da trilha.

No entanto, a Polícia Civil acessou imagens de câmeras de segurança do entorno e não a localizou.

“Ela adentrou aquela região de mata, uma testemunha ocular, que a viu passando por volta das 15h30 do sábado, e a gente não tem relatos dela saindo por alguma parte dessa mata neste presente momento.

Por isso as buscas estão concentradas ali”, explicou, na ocasião, o delegado André Serrão, titular da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, responsável pela investigação.

A testemunha que viu Alessandra dentro da mata seria um idoso, que vive na área. Ele teria afirmado que a mulher passou por ele e o cumprimentou por volta das 15h30.

Serrão descarta que o desaparecimento tenha sido causado por outra pessoa. Em todas imagens e no relato da testemunha, Alessandra aparece sozinha.

De acordo com o delegado, ela saiu de casa “desnorteada”. A Polícia ainda acredita na possibilidade de encontrar Alessandra com vida, mas avalia que, conforme o tempo passa, essa hipótese perde força.

“Ela possivelmente estaria com uma desorientação psíquica e poderia ter se perdido na região, que é de mata, que é densa, difícil de caminhar, e logicamente uma pessoa poderia se perder.

Quanto mais o tempo passa, nossas expectativas de encontrar a desaparecida com vida vão diminuindo, até porque tivemos duas madrugadas muito frias”, destaca o delegado.

Buscas

Comandante do 25º Batalhão, de São Leopoldo, o tenente-coronel Alexsandro Goi, afirmou que, assim que a Brigada recebeu a informação do desaparecimento, iniciaram protocolos de busca em diversos locais, como bares, restaurantes, estabelecimentos comerciais, hospitais e estações de transporte público, que foram descartados.

“Toda essa busca persistiu na madrugada de sábado para domingo e continuou no domingo. Então, nos agregamos às demais instituições no sentido de atuar nos locais que foram sendo afunilados, para aumentar nossa precisão de busca, já que muitos lugares haviam sido descartados.”

Cães farejadores

A major Karyn afirmou que a corporação integrou as buscas, de forma ininterrupta, desde a manhã domingo. Além do efetivo local, os trabalhos tiveram reforço da Companhia Especial De Busca e Salvamento e dos cães do 4º Batalhão de Bombeiros Militar.

Ela destacou a utilização de um cão farejador que faz as buscas com uso da técnica chamada de odor específico.

“Foi coletado material da Alessandra, junto à família. Essa técnica, de odor específico, busca o rastro que a Alessandra fez na área de mata.

A partir daí, conseguimos criar estratégias para dar continuidade às buscas.”

Fonte Jornal NH

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