O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou atrás e mudou seu discurso quanto a tomar a vacina contra covid-19. Em conversa com apoiadores, em Brasília, na noite de hoje, o mandatário afirmou que tomará o imunizante.

“Eu já tive o vírus vivo, então estou imunizado. Deixa outro tomar a vacina no meu lugar. Lá na frente, lá na frente, depois que todo mundo tomar… Se eu resolver tomar, porque no que depender de mim é voluntário, eu tomarei”, disse ele.

O presidente foi diagnosticado com covid-19, em julho do ano passado. Porém, a ciência ainda não descobriu por quanto tempo uma pessoa já infectada pelo novo coronavírus fica protegida, imune de se contaminar novamente. Isso quer dizer que o fato de Bolsonaro já ter tido covid-19, ele deve tomar a vacina.

Em dezembro, durante evento em Porto Seguro (BA), Bolsonaro chegou a dizer não tomaria a vacina e criticou a obrigatoriedade da imunização: “Já tenho anticorpos. Pra que tomar a vacina de novo?”, disse na época.

Em outro momento, já em 2021, mais precisamente, no mês passado, durante sua live semanal realizada nas redes sociais, Bolsonaro foi convidado pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra, para tomar o imunizante. “Vai ter uma moeda de troca. Quero saber se o senhor está disposto… É a recíproca”. Bolsonaro então sorriu e disse: “sem contrapartida”, fazendo o sinal negativo com a cabeça.

De acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil atingiu nesta sexta-feira, 5, a marca de 7,9 milhões de vacinados contra a covid-19. No total, 7.941.173 de brasileiros receberam ao menos uma dose da vacina, o equivalente a apenas 3,75% da população nacional.

Catraca Livre