O fato foi narrado pelo jornalista Paulo Farias, hoje Secretário Municipal de Administração de Tenente Portela, em seu perfil do Facebook, e foi registrado na Reserva Indígena do Guarita no mesmo município.
“Sabe aquela notícia que mexe com a gente?
Nesta noite recebi uma, em um grupo de WhatsApp, que foi impossível não se envolver.
Meu “lado humano”, me fez se emocionar e entender que o que aconteceu é obra do “Deus do impossível”. Meu “lado humano”, me obrigou a ir atrás de mais detalhes que na sequência divido com vocês.
A notícia:
“Uma das coisas mais tristes e mais emocionantes que eu tive na vida”. Assim, um profissional de saúde descreveu a cena que presenciou na tarde desta segunda-feira, 28. Um bebê foi encontrado coberto de fezes junto a uma “patente” (banheiro antigo), em uma das aldeias da Terra Indígena do Guarita. O relato foi feito em áudios que ele encaminhou para grupos de WhatsApp.
O profissional, cuja identidade neste momento preservaremos, assim como outros detalhes do fato, relatou que, em meio ao trabalho, foi chamado por uma indígena dizendo que “tinha uma criança recém-nascida que estava enterrada”. Junto com uma colega de serviço, foi verificar e presenciou que no local indicado haviam várias pessoas. Enquanto acompanhava relatos do que teria acontecido, repentinamente ouviu um choro de bebê.
“Eu peguei aquela latrina arranquei as madeiras, entrei naquela coisa de cabeça, puxei a criança, e ela começou a chorar. Foi uma emoção fora de série”, descreve.
O servidor, detalha que “aquele serzinho” estava coberto de “fezes, vermes e terra”. Ele acredita que “foi a ação de Deus” que milagrosamente permitiu que o recém-nascido sobrevivesse. Em seguida o bebê foi conduzido ao Hospital Santo Antônio, em Tenente Portela. A mãe, identificada posteriormente, também foi levada para atendimento na casa de saúde. A mulher e a criança permanecem internadas, segundo a direção do hospital.
O profissional de saúde informou que o fato foi registrado na Delegacia de Polícia e que a Promotoria Pública de Tenente Portela, já estaria atuando no caso. “É possível que a mãe possa ter tido um transtorno psiquiátrico, conhecido também como psicose puerperal”, revela.
O personagem deste acontecimento, que prefere não se colocar na condição de herói, credita aos “desígnios de Deus” o que vivenciou nesta tarde. Agora à noite ele teve notícias de que o bebê, uma menina, “graças a Deus, está bem”.”
Fonte Agora no RS