Bebê de oito meses com sinais de gripe morre após receber injeção

Bebê de oito meses com sinais de gripe morre após receber injeção

Um bebê de oito meses morreu na cidade de Guarujá, São Paulo, na última sexta-feira (13), após receber uma injeção em uma unidade de saúde da cidade. De acordo com a equipe médica do Centro Clínico Frei Galvão, onde a criança deu entrada com sintomas de gripe, a morte teria acontecido em decorrência de broncoaspiração do catarro (engasgo após a respiração).

A família de Valentim dos Santos informou que o menino foi levado para a clínica por volta das 15h por apresentar uma “tossinha chata” e um pouco de catarro. Durante o atendimento, a médica pediatra solicitou um exame de raios X e indicou medicação com corticoide. No entanto, a família foi informada de que não havia equipamento para realizar o exame na unidade onde eles estavam.

Apesar da impossibilidade da realização do exame em Guarujá, a família informou que a médica insistiu para que a medicação fosse aplicada na clínica em que eles estavam, e pediu que o exame fosse realizado posteriormente. Por causa disso, Valentim recebeu hidrocortisona intramuscular 100 mg na lateral da coxa.

Após o bebê receber a medicação, a família se preparou para voltar para casa. No entanto, enquanto ainda estavam no estacionamento da unidade de saúde, a criança desmaiou. Os familiares de Valentim então o levaram de volta para a clínica. No local, a equipe médica tentou reanimá-lo por cerca de 30 minutos antes de decidir entubá-lo. A criança, porém, acabou morrendo.

Ao jornal A Tribuna, a tia do bebê, Madalena Mazagão, acusou o centro médico de negligência pelo fato de, segundo ela, não ter sido realizado qualquer teste na criança antes que ela recebesse a injeção de hidrocortisona.

– Houve negligência, porque a médica não fez teste antes de aplicar a injeção. Não podemos deixar isso impune – relatou.

Após a confirmação da morte, a família de Valentim acionou a Polícia Militar (PM), que encaminhou os parentes e a equipe médica que fez o atendimento ao bebê para a Delegacia Sede de Guarujá. À polícia, uma técnica de enfermagem da clínica confirmou a prescrição do medicamento e disse que logo depois da aplicação a criança voltou “molinha”.

A médica pediatra que atendeu Valentim preferiu não prestar depoimento antes de consultar um advogado. Outra médica, clínica geral, disse que foi chamada para atender a criança, mas já a encontrou em parada cardíaca. A profissional confirmou que o bebê estava com secreção saindo pela boca e nariz, razão pela qual teria aspirado o catarro.

O caso foi registrado como morte suspeita, súbita e sem causa determinante aparente. Um exame de necropsia foi pedido para apurar a causa da morte. A Notredame Intermédica, responsável pelo Centro Médico Frei Galvão informou que todos os “procedimentos e protocolos necessários foram feitos, sem sucesso”.

Fonte: Pleno News

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