ALERTA : É preciso encarar o exame, alerta médico sobre prevenção ao câncer de próstata

ALERTA : É preciso encarar o exame, alerta médico sobre prevenção ao câncer de próstata

Especialista em oncologia explica a importância da detecção precoce do câncer de próstata por meio do toque retal

1.Qual a demanda de atendimentos de câncer de próstata no Centro de Oncologia?

Atualmente, a incidência de câncer de próstata tem aumentado consideravelmente devido ao aumento rápido e expressivo da expectativa de vida da população, pois é uma doença que incide, principalmente, sobre homens idosos.

2.Existe algum método de prevenção?

Não temos como fazer prevenção, pois não sabemos qual é a causa do câncer de próstata. Mas nós podemos fazer o diagnóstico precoce, que possibilita uma maior probabilidade de cura.

3.Com que idade é indicado que o homem faça o exame?

O indicado é que todo homem, a partir dos 50 anos, faça uma visita anual ao urologista. O importante é o exame da próstata por meio de toque retal. Aliado a outros fatores, como a análise do PSA (Antígeno Prostático Específico) que, até bem pouco tempo atrás era considerada a pedra fundamental para a detecção. Hoje em dia, nós sabemos que este exame não é fidedigno, pois está sujeito a uma série de erros, como a prostatite crônica, ou mesmo, se o homem andar de bicicleta um dia antes de fazer o exame de sangue em que se analisa o PSA, ele pode esmagar a próstata e apresentar uma alteração no resultado. Outro exemplo é se a pessoa fizer o exame de toque retal um dia antes do exame de PSA, o resultado também pode vir alterado.

4.Em qual idade o risco é maior?

A doença tem uma prevalência acima dos 50 anos de idade. O câncer de próstata tem uma característica biológica de que, quanto mais idoso o paciente, menos agressivo ele é, ou seja, é mais perigoso para os homens entre 50 e 60 anos de idade. Tanto que, em alguns pacientes, em que o diagnóstico é feito por volta dos 90 anos de idade, nem chegamos a realizar nenhum tipo de tratamento, pois a doença se torna crônica e nunca vai incomodar.

5.Existe algum tipo de comportamento de risco que pode aumentar a probabilidade de desenvolver a doença?

Não. Existe uma população com maior risco que são pessoas de raça negra e obesos, que têm maior incidência da doença, mas não se sabe o porquê. Há pessoas que recomendam coisas como comer tomate, ou algo do tipo, mas nada comprovado. O importante é que, a partir dos 50 anos, o homem procure o seu urologista para fazer o exame, do mesmo modo que as mulheres fazem exame ginecológico.

6.Como é o tratamento?

Tanto o tratamento de radioterapia quanto de cirurgia obtém o mesmo nível de cura quando a doença está alocada somente dentro da loja prostática. Quando a doença ultrapassa os limites de alcance, a cirurgia não consegue extirpar toda a doença por questões anatômicas.

7.Se ambos possuem o mesmo potencial de cura, qual é o critério utilizado para definir?

Depende de qual médico atende o paciente. Um cirurgião provavelmente vai optar pela cirurgia, um radioterapeuta vai recomendar a radioterapia. A diferença está nas complicações de cada procedimento. Na cirurgia, a pessoa se recupera um dia depois, mas tem uma grande possibilidade de ter incontinência urinária e impotência. A radioterapia, por sua vez, é um tratamento externo que leva, em média, de 20 a 30 sessões. As complicações são raras. O inconveniente é que leva mais tempo.

8.Quais sintomas podem indicar a presença da doença?

Os sintomas podem ser confundidos com o da Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP), que causa o aumento de volume da próstata e consequente estreitamento da uretra, acarretando dificuldade para urinar. Mas a doença só pode ser detectada por meio do exame de toque. Uma vez que haja a suspeita, é preciso fazer a biópsia.

9.Existe uma classificação de risco para o câncer de próstata?

Uma vez feito o diagnóstico, o patologista dá uma espécie de nota para o tumor, que definirá o grau de agressividade. O câncer é uma célula que, por alguma razão, deixou de obedecer o organismo. Cada câncer é uma doença, pois cada pessoa tem um código genético, por isso, é preciso avaliar cada caso individualmente. Há diversos estudos em andamento para aprimorar esse processo.

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