Afinal, estamos diante de uma quarta onda da pandemia?

Afinal, estamos diante de uma quarta onda da pandemia?

Após alguns meses de uma aparente tranquilidade em relação à pandemia de Covid-19, o País voltou a registrar um aumento de diagnósticos positivos de SARS-CoV-2, maior número de internações (inclusive em UTIs) e de mortes.

A média móvel de casos quase triplicou em 20 dias: saltou de 14.585 casos novos em 23 de maio para 43.131 em 13 de junho. Afinal, estamos diante de uma quarta onda da pandemia?

Manter o ciclo vacinal em dia e usar máscaras em ambientes fechados são medidas fundamentais contra o coronavírus
Manter o ciclo vacinal em dia e usar máscaras em ambientes fechados são medidas fundamentais contra o coronavírusFoto: Adobe Stock

“É difícil fazer essa afirmação. O que acontece é que a doença veio para ficar e esse vírus não vai desaparecer. Além disso, temos novas variantes surgindo o tempo inteiro e a variante ômicron, que ainda é a mais prevalente no mundo todo, tem alta transmissibilidade e boa parte dessa transmissão acontece antes dos sintomas aparecerem, o que é um problema”, explica o infectologista Alfredo Elias Gilio, coordenador da Clínica de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein.

Segundo Gilio, o cenário que vemos hoje de aumento de casos é multifatorial. As medidas de restrição praticamente acabaram e as atividades foram retomadas normalmente (em muitas delas sem a exigência do uso da máscara), por isso o vírus continuou se espalhando. E, apesar de boa parte da população estar vacinada, isso não impede a infecção.

Continue se protegendo

“Uma parcela da população está vacinada, mas a nossa cobertura vacinal ainda não é a ideal, especialmente quando falamos das doses de reforço [terceira e quarta doses]. Para falarmos em eficácia de vacinação, essa cobertura teria que ser muito alta, em torno de 90%, e estamos muito longe disso. Ainda assim, o que a vacina faz é evitar que a pessoa desenvolva um quadro mais grave da doença”, afirmou.

Outro fator que tem facilitado a disseminação do vírus é a aglomeração das pessoas sem máscara em ambientes fechados. Gilio ressalta, no entanto, que não é possível dizer que a flexibilização sobre a exigência do uso de máscaras foi precoce. “Na hora havia dados que permitiam uma decisão nesse sentido. Mas esse era um risco que existia.”

Ele reforça que a pandemia de Covid-19 ainda não estabilizou, a doença não se tornou uma endemia. “O número de casos ainda é muito alto. A doença vai continuar acontecendo.”

Fonte Jornal NH

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