O Ministério da Saúde recomendou o isolamento domiciliar para casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus e para viajantes que cheguem ao Brasil vindos do exterior.
O isolamento domiciliar requer cuidados específicos, como a separação de objetos pessoais, limpeza imediata de banheiros após o uso e a separação de indivíduos em cômodos diferentes da casa.
De acordo com a médica infectologista Roberta Schiavon, integrante da Sociedade Brasileira de Infectologia, a primeira orientação é destinar um quarto e um banheiro para uso exclusivo da pessoa infectada ou com suspeita de infecção.
Nos casos de domicílios que não tenham mais de um quarto e mais de um banheiro, a recomendação é deixar o quarto para a pessoa suspeita. “Se a pessoa compartilha o quarto, o ideal é que quem não apresente sintomas durma na sala, por exemplo”, orienta a médica.
O cômodo com o paciente isolado deve ficar todo o tempo com a porta fechada, mas é necessário manter a janela aberta para que haja uma fonte de ventilação e entrada de luz solar.
A pessoa infectada ou com suspeita de infecção tem de trocar a própria roupa de cama. Se houver secreções na roupa de cama, ela deve embalar em um saco plástico antes de levar à máquina de lavar ou ao tanque.
Também é importante manter uma lixeira ao lado da cama, com saco plástico, para jogar o lixo. Quando o recipiente estiver cheio, a pessoa deve fechar a sacola e só depois despejar em lixeiras comuns, seja da casa, da rua ou do prédio.
Nos casos de salas compartilhadas ou casas com apenas um cômodo, pessoas infectadas e pessoas sem a doença não podem compartilhar o mesmo sofá ou colchão. Se for possível, a recomendação é manter 2 metros de distância da pessoa infectada ou suspeita.
Nos ambientes compartilhados, a pessoa infectada precisa estar o tempo todo com máscara. Segundo especialistas, não é necessário manter isolamento de animais de estimação.
(O Sul)