Supermercados já enfrentam falta de alimentos, como pão, frutas e verduras
O clima é de apreensão entre moradores da região que estão na China, em Dongguan, província de Guangdong, que fica a aproximadamente mil quilômetros de Wuhan – epicentro da epidemia de coronavírus. Conforme informe da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os coronavírus (CoV) compõem uma grande família de vírus, conhecidos desde meados da década de 1960, que receberam esse nome devido às espículas na sua superfície, que lembram uma coroa (do inglês crown). A origem do surto atual ainda não está elucidada. “Acredita-se que a fonte primária do vírus seja em um mercado de frutos do mar e animais vivos em Wuhan”, informou a SBI.
A social media Monique Ávila, 25 anos, que reside em Dongguan, conta que o uso de máscara é obrigatório e que a orientação é para que as pessoas evitem sair de casa. “Quando saímos é para ir ao mercado, que, inclusive, enfrenta falta de alimentos, mas todos os dias estão repondo alguns itens”, destaca a hamburguense. Ela diz ainda que, apesar do cuidado, essa é uma região onde há poucos casos confirmados.
“O maior problema é que começou em uma época de muito movimento interno aqui na China, quando as pessoas viajam para sua cidade natal, por isso se espalhou tão fácil. As pessoas que morreram, no entanto, eram pessoas já doentes ou muito idosas. O número de curados está crescendo. Como a prevenção começou apenas há uma semana e o vírus se incuba por até duas, ainda achamos que vão aparecer muitos casos até semana que vem”, pontua.
A empresária Milena Trieweiler Marcarini, 30, conta que mora em Dongguan há sete anos com a família. Desde 30 de dezembro, ela, o esposo e a filha estão em Campo Bom, em férias, visitando a família. “Seguimos trabalhando, pois temos escritório na China, então o trabalho não para nunca”. Ela ressalta que a família pretende adiar a viagem, mas que retornarão ao país.