Adriana Alves Dutra, fiscal do Carrefour que assistiu as agressões que culminaram na morte de João Alberto Silveira Freitas de 40 anos, se apresentou no Palácio da Polícia nesta terça-feira (24). Ela foi presa.
Conforme a delegada Roberta Bertoldo, que investiga o caso, ela prestou depoimento na presença do advogado. De forma preliminar, a reportagem de Agência GBC apurou que a “vítima estava tranquila e foi acompanhada pelo policial e pelo fiscal. Tendo a vítima empurrado uma senhora e foi novamente orientado pelo cliente/policial a deixar disso e se acalmar. Que a vítima desferiu um soco no policial, momento em que se embolaram. Que a depoente fez a solicitação para chamar a Brigada, pelo rádio, e ligou para o Samu, quando viu sangue, e que a vítima havia desmaiado. Que a vítima proferia xingamentos durante a contenção, mas não ouviu a mesma pedir ajuda. Que a depoente pediu várias vezes aos rapazes que largassem a vítima”, diz trecho do depoimento.
Conforme a chefe de polícia, delegada Nadine Anflor, a prisão foi necessária “porque tem contradições no depoimento dela. Por isso que o judiciário acatou o pedido.”
Segundo a investigação, Adriana tem envolvimento na morte de João Alberto Silveira Freitas de 40 anos. Ele foi morto após ser espancado por dois seguranças na noite da última quinta-feira (19). A funcionária aparece nos vídeos que foram gravados por testemunhas, andando ao redor da vítima, e parece dar ordens por meio de um rádio. Ao ver que está sendo filmada, ela tenta impedir e discute com pessoas.
Além de Adriana, estão presos: Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, os seguranças que bateram em João Alberto Freitas. Eles foram detidos em flagrante no dia do crime e estão cumprindo prisão preventiva no momento.
Fonte GBC