‘A busca continua a Alessandra’, diz tia seis meses após sumiço da advogada

‘A busca continua a Alessandra’, diz tia seis meses após sumiço da advogada

Os cartazes desbotados colados nos postes de diferentes cidades da região evidenciam o tempo que já se passou desde que a advogada Alessandra Dellatorre, de 29 anos, desapareceu depois que saiu para caminhar nas proximidades de casa, em São Leopoldo. Nesta segunda-feira (16) completam-se seis meses desde que a jovem foi vista pela última vez.

Neste período, buscas foram feitas pela Polícia, familiares, e equipes particulares sem que nenhuma pista levasse, até agora, ao paradeiro de Alessandra. O tempo, no entanto, não diminui as esperanças de parentes e amigos de reencontrar a jovem. “Não paramos de buscar a Ale. Seguimos com a investigação privada, todos os dias, todas as horas”, comenta a tia e madrinha de Alessandra, Érica Dellatorre.

“Estamos mantendo a divulgação via redes sociais, com impulsionamentos para todo o País e na imprensa. Muitas pessoas, do Brasil todo, nos procuram para dar apoio e outras que veem pessoas parecidas com a Ale nos avisam. As pessoas têm sido muito solidárias”, destaca Érica.

Desde que Alessandra sumiu, o caso é apurado pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP). Mesmo sem comentar o andamento das investigações, o delegado André Serrão, desde o início afirmou que as evidências apontavam para um desaparecimento espontâneo, motivado por depressão.

Já o escritório de advocacia contratado pela família para auxiliar nas buscas trabalha com a principal hipótese de que tenha havido crime. Que Alessandra tenha sido arrebatada da mata, onde entrou no dia 16 de julho de 2022, por alguém que a levou para outro lugar. “Infelizmente, por enquanto, não tivemos nenhum avanço significativo nas investigações”, resume o advogado Matheus Trindade.

Autópsia psicológica

Além do trabalho da equipe de advogados que atua na chamada “investigação defensiva”, a família de Alessandra investiu, ainda, em especialistas para fazer o que se chama de “autópsia psicológica”, que serve para traçar o perfil psicológico de uma pessoa morta ou desaparecida. Em entrevista concedida à reportagem em setembro passado, a tia de Alessandra explicou os motivos da busca por este tipo de auxílio.

“O objetivo é ir além da tese da Polícia, de que foi suicídio. A família trabalha com outras hipóteses, até porque, se fosse suicídio, deveríamos já ter um corpo. Ou seja, a Polícia trabalha com a lógica de que ela está morta, e nós trabalhamos com a lógica de ela está viva”, explicou na época, acrescentando, “o resultado (da autópsia psicológica) foi ‘inconclusivo para suicídio’. Em suma, especialistas não ratificam a tese da Polícia”, acrescentou Érica.

Perfil no Instagram e recompensa

Moradora do bairro Cristo Rei, Alessandra foi vista pela última vez na tarde de 16 de julho de 2022, quando saiu de casa para fazer uma caminhada pelas proximidades. Aquela, segundo a família, era a segunda caminhada da jovem no dia. Um comportamento habitual, relatam os parentes.

A diferença, naquele sábado, foi o trajeto escolhido por Alessandra para a caminhada. Normalmente, segundo a família, a jovem ficava apenas na Avenida Unisinos. No dia do desaparecimento, de acordo com testemunhas, ela teria sido vista entrando em área de mata na Estrada do Horto, que liga São Leopoldo a Sapucaia do Sul.

Já nas primeiras horas da confirmação do desaparecimento, Polícia Civil, Brigada Militar, Exército, Corpo de Bombeiros, familiares e moradores fizeram buscas pela advogada. O trabalho intenso na primeira semana, que se concentrou na área de mata, contou com o apoio de cães farejadores e helicópteros. Sozinhos, os pais também fizeram incursões pelo local. No início de agosto, equipes voltaram para mais uma varredura na mata, mas não encontraram nenhum vestígio da jovem.

Cartazes com a foto de Alessandra foram distribuídos por diversos pontos de São Leopoldo e também de cidades vizinhas. Além disso, um telefone de contato direto com a família foi disponibilizado, por meio do número (51) 99771-5838 e criado o perfil no Instagram @procurandoale. Mobilizados, os pais de Alessandra chegaram a oferecer uma recompensa de R$ 15 mil a quem a entregasse viva à família. Informações sobre o paradeiro da advogada podem ser repassadas à Polícia Civil pelo telefone 0800-642-0121 ou à Brigada Militar pelo 190.

 

Fonte Jornal NH

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