Destelhamentos e quedas de árvores são principais estragos do temporal em Porto Alegre

Destelhamentos e quedas de árvores são principais estragos do temporal em Porto Alegre

A chuva torrencial e os ventos fortes acima de 80 km/h que atingiram Porto Alegre na tarde deste domingo deixaram um rastro de destruição em várias regiões da cidade. Conforme balanço parcial da Defesa Civil, não houve vítimas por conta do temporal, mas pelo menos 12 casas ficaram destelhadas, principalmente em bairros das zonas Leste e Sul. Na zona Norte, fios de energia rompidos, árvores estraçalhadas, alagamentos e semáforos inoperantes davam a dimensão dos estragos provocados pela tempestade, que durou cerca de meia hora.

Em outras localidades, galhos de árvores tomaram as ruas e provocaram momentos de tensão para moradores e motoristas. A Metsul Meteorologia informou que em alguns pontos de Porto Alegre choveu perto de 40% da média de chuva de todo o mês. A média histórica de dezembro na Capital é de 101 mm.

Os transtornos causados pela ventania e a chuva – após calorão e temperaturas acima de 34 graus – também foram registrados em outras zonas da cidade: Leste, Sul e Centro Histórico. De acordo com a CEEE, 245 mil clientes, mais de meio milhão de pessoas, ficaram sem luz na área de concessão da empresa, com o maior número de unidades consumidoras atingidas por falta de energia na Região Metropolitana. Porto Alegre, com 160 mil clientes, e Viamão, com 45 mil, foram as cidades mais afetadas.

Conforme a Metsul, o vento chegou a 87 km/h na medição da Força Aérea Brasileira no Aeroporto Salgado Filho, na zona Norte da Capital, e os acumulados de precipitação foram significativos no curto período. A Metsul informou que os pluviômetros registraram, em apenas uma hora, 39 mm na Restinga, 37 mm na Cidade Baixa e 27 mm no Partenon. Na estação do Jardim Botânico do Instituto Nacional de Meteorologia foram 37 mm em uma hora. A média histórica de chuva de dezembro inteiro na Capital é de 101 mm.

Na região Norte, no cruzamento da avenida Sertório com a Rua Joaquim Silveira, no Atacadão, pistas foram tomadas pela água. Poucos motoristas se arriscavam a passar pelo local. Motociclistas usavam a calçada para atravessar a região. Um veículo Ipanema tentou enfrentar o alagamento e ficou preso em um buraco escondido debaixo da pista. No Menino Deus também houve registro alagamento, com carros quase submersos em algumas vias.

Na rua Outro Preto, no Jardim Floresta, galhos de árvores e fios de energia bloqueavam a via. Moradores afirmaram que enfrentaram minutos de tensão durante a ventania. A dona de casa Luzia dos Santos Carpinski, que reside há 60 anos na região, relatou que a força do vento levou parte de uma árvore para o meio da rua. Ela contou que foi a primeira vez que um temporal deixou tamanho estrago. “Veio aquele vento forte e só ouvimos aquele estralo. E aí a árvore veio ao chão. No fundo do meu pátio, tinha um pé de pimenteira que foi arrancado com raiz e tudo”, afirmou.

Na rua Alfredo Neves Soares, na zona Norte, um poste tombou com a força do vento. Na avenida Sertório, dezenas de revendas de carros foram atingidas e estruturas ficaram comprometidas. O outdoor de um motel não resistiu ao temporal e envergou. A EPTC estava na região. Na rua Beberibe e na Miguel do Giorgio, no bairro São Sebastião, muitos galhos e fios de energia estavam espalhados pelas vias. Semáforos na região permaneciam inoperantes até o começo da noite. Nas avenidas Sertório e Assis Brasil, estruturas que abrigavam revendas de carros, outdoors e até pedaços de marquises acabaram danificadas.

Fonte Acontece no RS

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