Aceleração de casos faz prefeitura adotar novas medidas de restrição em Porto Alegre

Aceleração de casos faz prefeitura adotar novas medidas de restrição em Porto Alegre

A aceleração recente na utilização de leitos de UTI em Porto Alegre fez com que prefeitura anunciasse um decreto ampliando as restrições, aos patamares do início do mês passado. Desta maneiras, shoppings e comércios cujo faturamento é igual ou superior a R$ 360 mil/mês devem ser fechados. Da mesma maneira, haverá limitação no horário de funcionamento de bares e restaurantes e as academias só poderão receber um aluno por vez.

A justificativa da escolha dos setores é a meta de reduzir a chance de aglomerações: “Não vamos suspender aquele setor ou aquela atividade porque são culpados, mas a medida mais eficaz no mundo inteiro, como regra, é que a suspensão das atividades econômicas acaba diminuindo a proximidade física, o contágio e a expansão do vírus naquela sociedade específica”, disse o prefeito.

Os anúncios foram feitos pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior no fim da tarde desta sexta-feira, quando a Capital tinha 66 leitos de UTI ocupados por pacientes portadores do novo coronavírus – além de outros 104 nas enfermarias dos hospitais de Porto Alegre.

Há uma semana, haviam 46 pacientes na UTI. A subida, semelhante à do início da pandemia, acendeu o alerta na prefeitura, o que provocou as novas restrições. Conforme Marchezan, caso fosse mantida a atual velocidade, todos os 174 leitos de UTI já prontos para receber pacientes com Covid-19 estariam todos ocupados, o que seria o início dos problemas no sistema de saúde. Hoje, a Capital conta com 612 leitos operacionais.

“As decisões de hoje são baseadas na velocidade e não na ocupação total dos leitos. Nós temos capacidade de atender a demanda atual e o eventual crescimento. Não é o crescimento da demanda de UTI que assusta. O que nos fez ligar o sinal de alerta foi a velocidade do crescimento”, explicou Marchezan. Caso a demanda supere os 174 pacientes em UTI, haveria a necessidade de que cirurgias eletivas fossem suspensas e o atendimento de situações agudas de pacientes acometidos por outras enfermidades acabaria comprometido.
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Segundo ele, há possibilidade de expansão na quantidade de leitos de UTI no Complexo Hospitalar Santa Casa e nos hospitais São Lucas e Vila Nova, chegando a um total de 255. Mas a medida, neste momento, afetaria as cirurgias eletivas.

“As decisões de hoje terão reflexo em dez, 12, 14 dias. Nesse período, o aumento ou não se dará sempre olhando para trás”, acrescentou o prefeito, sinalizando que novas medidas restritivas possam ser efetuadas na semana que vem, novamente, caso a velocidade atual seja mantida.

Mas, por ora, a necessidade de lockdown está descartada. “A gente não espera que precise fazer o lockdown em nenhum momento, por isso que estamos tomando as decisões agora, para não chegar ao extremo”, afirmou ele, citando que houve colaboração da população às medidas adotadas anteriormente pela Prefeitura. “Medidas de lockdown foram tomadas quando o sistema de saúde já havia implodido.”

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