Homem de 39 anos travava uma batalha judicial para reaver a guarda do filho. Mãe adotiva da criança foi a autora dos tiros
Após quase três meses de internação no Hospital Centenário, morreu no final da tarde de segunda-feira (11) o haitiano de 39 anos baleado pela mulher de um policial militar aposentado no bairro Santa Tereza em 20 de agosto passado. O homem, que não chegou a receber alta desde então, faleceu em decorrência dos ferimentos. Na data ele foi atingido por, pelo menos, dois disparos de arma de fogo. A vítima, que estava há mais de quatro anos no Brasil, travava uma batalha judicial para reaver a guarda do filho, que nasceu em setembro de 2015, em São Leopoldo. O homem foi baleado pela mãe adotiva da criança.
Para a data do fato, os dois lados divergiam em relação ao que teria acontecido e que acabou motivando o crime. O pai biológico, que chegou a falar com a reportagem do Jornal VS no leito do hospital uma semana após ser ferido, dizia ter sido enganado pelo casal de brasileiros e que apenas queria o filho de volta. Advogadas da família, no entanto, alegavam negligência do haitiano como pai, o que teria motivado a perda da guarda, e também ameaças que ele teria feito ao casal, que seguia em processo de adoção. A defesa da mulher que atirou contra o haitiano, alega que ela agiu em legítima defesa.
O caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de São Leopoldo. O Jornal VS não está divulgando a identidade dos envolvidos para não identificar o menor de idade, respeitando o artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina que: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”.
Fonte Jornal VS
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